A Lojas Renner (LREN3) informou que seu conselho de administração aprovou nesta sexta-feira (23) o pagamento de R$ 169,3 milhões em juros sobre capital próprio (JCP). O valor bruto equivale a R$ 0,2746 por ação da varejista de moda, sujeito a desconto de imposto de renda retido na fonte.
O pagamento, segundo apontou a empresa, será feito no dia 6 de outubro deste ano, já com imposto retido na fonte e sem correção monetária, e deverá ser feito com base na composição acionária do dia 27 de setembro, próxima terça-feira.
Dessa forma, a ação será negociada “ex” a partir do dia seguinte (28), ou seja, os papéis passarão a ser negociados sem o direito ao JCP.
Renner está “bem posicionada” em cenário macro adverso
Na última segunda-feira (12), a Renner (LREN3) divulgou uma apresentação sobre sua performance no mercado brasileiro de moda nos últimos anos. Segundo o relatório publicado pela varejista, a empresa tem “emergido mais forte” no pós pandemia. Para analistas consultados pelo BP Money, a varejista de moda já estava bem preparada para o cenário de ecommerce (antes da pandemia), com estratégias omnichannel que as outras companhias não tinham e, por isso, agora, ela “está bem posicionada em um cenário macro adverso”.
De acordo com Ricardo Borges, sócio e analista de ações da SFA Investimentos, a Renner é um player “muito bem posicionado para captura de mercado num cenário macroeconômico adverso”.
“O varejo de vestuário sofreu um baque muito forte na crise de 2015/2016 e quando estava começando a se recuperar veio a pandemia. Nesse sentido, poucas companhias de vestuário foram capazes de realizar uma mudança para o modelo omnichannel, sendo a Renner uma delas”, explicou Borges.
As ações da Renner (LREN3) operavam em baixa de 0,88%, a R$ 28,21, por volta das 13h20 (de Brasília) desta sexta-feira (23). Os papéis da varejista de moda acompanhavam o Ibovespa, que caía mais de 2%.