O calendário econômico de 4 a 8 de março coloca um foco importante tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Enquanto aqui, o mercado está de olho no balanço do 4º trimestre da Petrobras (PETR4), lá fora, toda a atenção se volta para o famoso payroll, que trará os dados de fevereiro do mercado de trabalho americano.
Na primeira semana de março, os investidores do mercado financeiro encontram poucos indicadores domésticos de destaque. Como resultado, toda a atenção se volta para os dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos, cujo desempenho pode influenciar as decisões futuras sobre a política de juros no país. Além disso, os investidores estão atentos aos resultados da temporada de balanços, com destaque para o desempenho da Petrobras e o aguardado anúncio de dividendos.
Petrobras (PETR4): expectativas sobre os dividendos
A Petrobras (PETR4), como sempre, atrai grande interesse devido à sua posição como a segunda ação de maior peso no Ibovespa, logo atrás da Vale. Porém, o destaque da semana é a expectativa em torno do anúncio de dividendos extraordinários.
Recentemente, o presidente da estatal, Jean Paul Prates, mencionou a possibilidade de adotar uma abordagem mais conservadora na distribuição de proventos. Isso, visando investimentos futuros em energia renovável. Essa declaração agitou o mercado, resultando em quedas nas ações da companhia por duas sessões consecutivas, e uma perda significativa de valor de mercado, superior a R$ 30 bilhões.
No entanto, alguns agentes financeiros veem nesse movimento uma oportunidade de entrada nos papéis da empresa. O BTG Pactual, por exemplo, reiterou sua recomendação de compra, identificando potencial nesse cenário de turbulência.
Resumo da semana
A semana que se encerra neste domingo (3), o otimismo global influenciou o mercado, resultando em um comportamento mais estável. Os dados esperados do PIB e da inflação PCE dos Estados Unidos não apresentaram grandes surpresas, consolidando a expectativa de que o início do corte dos juros americanos será adiado para junho, no mínimo.
No entanto, o cenário pode mudar na próxima semana, especialmente se houver surpresas nos dados do payroll. Até o momento, as expectativas não apontam para uma modificação no quadro estabelecido ao longo de fevereiro, que indica um adiamento nos cortes por parte do Fed.
Petrobras (PETR4) nega afastamento de diretores sobre caso Unigel
A Petrobras (PETR4) refutou, no fim da tarde desta sexta-feira (1), a alegação de que a auditoria KPMG tenha solicitado o afastamento de diretores para conduzir investigações sobre o contrato com a Unigel. De acordo com a empresa, o contrato de “tolling” com a Unigel seguiu os procedimentos de governança da estatal.
A Petrobras (PETR4) afirmou que o cronograma de divulgação de balanços, previsto para 7 de março, permanece inalterado, conforme comunicado oficial.
“Conforme já informado ao mercado, esse contrato tem caráter provisório e visa a permitir a continuidade da operação das plantas localizadas em Sergipe e Bahia, que pertencem à Petrobras, por oito meses, sem prorrogação”, diz a petroleira no comunicado.