Em semana marcada por política, queda do minério de ferro e baixa do Wall Street, o Ibovespa encerrou em queda com perdas de 2,49%. Foi a terceira semana consecutiva de desempenho negativo do índice. Já o dólar comercial acumulou ganhos na semana de 0,28% ante o real.
Segunda
O Ibovespa encerrou em alta na segunda-feira (13), iniciando uma semana mais tranquila após a baixa acumulada na anterior. O resultado foi impulsionado pelo clima ameno em Brasília e pelo dia positivo em Wall Street, onde as bolsas reverteram finalmente os cinco pregões consecutivos em queda.
No cenário interno, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que os Três Poderes precisam ser respeitados e que o trabalho conjunto de Executivo, Legislativo e Judiciário beneficia a todos os brasileiros.
A pesquisa semanal Focus, do Banco Central, revelou que o mercado passou a projetar alta de 8% do IPCA em 2021, elevando dessa forma os palpites para o patamar da taxa Selic. Agora, a expectativa é de que os juros básicos encerrem este ano em 8%.
No exterior, as bolsas americanas tiveram uma sessão mista em sua maioria, com variações acomodadas nas duas direções. Os investidores da maior economia do mundo parecem estar mais aliviados com as preocupações acerca da variante Delta da covid-19, fator indispensável para Wall Street voltar ao positivo.
Com alta de 1,85% a 116.403,72 pontos, o principal benchmark brasileiro registrou seu maior ganho em um dia desde 24 de agosto, quando subiu 2,33%. O dólar comercial caiu 0,83% a R$ 5,223 na compra e a R$ 5,224 na venda.
Terça
Em um dia marcado por muita volatilidade, o Ibovespa encerrou a terça-feira (14) em queda, pressionado pela desvalorização nas bolsas de Wall Street que voltaram a cair.
No Brasil, a Petrobras puxou as perdas em sessão focada nas notícias sobre a estatal. O presidente Joaquim Silva e Luna afirmou que nem todas as alterações de preços de combustíveis têm relação direta com atuações da estatal.
Nos EUA, o índice de preço ao consumidor americano (CPI, na sigla em inglês) de agosto teve alta de 0,3% frente julho.
O Ibovespa encerrou em queda de 0,19%, a 116.180 pontos com volume financeiro negociado de R$ 25,511 bilhões. O dólar comercial fechou em alta de 0,65% a R$ 5,257 na compra e a R$ 5,257 na venda.
Quarta
O Ibovespa encerrou em baixa na quarta-feira (15) puxado pela Vale, em meio à queda de 3% do minério de ferro depois de dados negativos da economia chinesa que refletiram o vencimento de opções. Com isso, houve mais volatilidade para as blue chips da Bolsa.
No gigante asiático, o pregão foi marcado pelas vendas no varejo com um ritmo muito mais lento do que o esperado, de 2,5%, frente a 7% antecipados por analistas ouvidos pela Reuters. Já a produção industrial cresceu abaixo da expectativa, em 5,3% em agosto, ante a previsões de alta de 5,8%.
Os índices Dow Jones e S&P 500 subiram nos Estados Unidos, em uma recuperação depois da queda da véspera.
O Ibovespa fechou em queda de 0,96%, a 115.062 pontos com volume financeiro negociado de R$ 46,19 bilhões. O dólar comercial caiu 0,38% a R$ 5,237 na compra e a R$ 5,238 na venda.
Quinta
O Ibovespa encerrou no negativo na quinta-feira (16), marcando sua terceira queda consecutiva. O índice foi pressionado pela desvalorização de 26% no preço do minério de ferro na China, por ruídos políticos em Brasília e pelas ações da Vale.
No Brasil, a atenção dos investidores estava voltada às declarações do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), sobre a política de preços da Petrobras e o imbróglio dos precatórios.
Também no cenário interno, o Ministério da Economia manteve suas as projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) de alta de 5,3% neste ano, ao passo que para 2022 passou de avanço de 2,51% para 2,5%. E ainda elevou a previsão para o IPCA de 2021 de 5,9% para 7,9%, enquanto a projeção para a inflação do ano que vem saiu de de 3,5% para 3,75%.
No exterior, o dia foi marcado por pedidos de auxílio-desemprego nos EUA, que atingiram 332 mil na semana encerrada em 11 de setembro.
O Ibovespa fechou em baixa de 1,1%, a 113.794 pontos com volume financeiro negociado de R$ 30,72 bilhões. O dólar comercial encerrou em alta 0,54% a R$ 5,265 na compra e a R$ 5,266 na venda.
Sexta
O Ibovespa encerrou esta sexta-feira (17) com sua quarta queda consecutiva e a menor pontuação desde março, abaixo dos 112 mil pontos, seguindo o cenário interno complicado e o externo desfavorável. O principal índice da B3 fechou a terceira semana consecutiva de desempenho negativo, de 2,49%.
Na política, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) publicou um decreto que aumenta o IOF para financiar a elevação do benefício do Bolsa Família.
No exterior, o dia foi marcado pela baixa dos índices norte-americanos, causada por conta da preocupação sobre a Covid-19 e temores sobre a reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) na semana que vem.
Na ásia, a China injetou US$ 14 bilhões de liquidez no sistema financeiro, para aliviar o mercado durante o caso Evergrande, no entanto, a pressão sobre os papéis da incorporadora imobiliária continuam.
Na Europa, as vendas no varejo no Reino Unido caíram 0,9% no mês, ante a previsão média de analistas ouvidos pela agência internacional de notícias Reuters de alta de 0,5%.
O Ibovespa encerrou o dia em baixa de 2,07%, a 111.439 pontos com volume financeiro negociado de R$ 44,58 bilhões. O dólar comercial fechou em alta de 0,33% a R$ 5,282 na compra e a R$ 5,282 na venda.