Resumo Semanal: Ibovespa acumula perdas de 3,1% na semana

Já o dólar desvalorizou 0,21%

Em cinco dias marcados pelo político em meio a importantes votações no Congresso e crise hídrica, o Ibovespa fechou a semana em baixa de 3,1%. Além disso, o principal índice da B3 foi afetado pelos indicadores econômicos decepcionantes, como o Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, que recuou 0,1% segundo dados divulgados nesta quarta (1) e a produção industrial, que teve queda de 1,3% em julho (dados divulgados na quinta, 2). Já o dólar comercial, na semana, a moeda dos EUA teve leve desvalorização de 0,21% ante o real.

Nos EUA, o payroll indicou a criação de 235 mil vagas no país em agosto, valor abaixo dos 750 mil esperados segundo estimativas coletadas pela Refinitiv.

Em contrapartida, o resultado preocupa por confirmar a desaceleração na retomada do mercado de trabalho americano que já havia sido indicada pelo Relatório de Emprego ADP.

No Brasil, o começo da tarde o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) declarou que ele e seus apoiadores “mostrarão o que fazer a quem quiser jogar fora das quatro linhas da Constituição” e que o 7 de setembro será “um ultimato para duas pessoas que precisam entender seu lugar”.

Na Ásia, mais uma vez os dados de Índice Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) de manufatura da China vieram abaixo do esperado, elevando os temores sobre a desaceleração econômica no gigante asiático.

Já na Europa, foi divulgado o PMI composto final IHS Markit da Zona do Euro, que desceu de 60,2 pontos em agosto a 59 em julho, no entanto permanece ainda acima do patamar que separa retração de expansão. Indicando que a atividade de negócios na Zona do Euro continuou forte em agosto, mesmo com o impacto da variante Delta do coronavírus.

Segunda

Ao contrário das máximas históricas registradas pelas bolsas americanas na segunda-feira (30), o Ibovespa encerrou em queda após acumular ganhos acima de 2% na última semana. O resultado, apesar de ser uma correção, foi puxado por blue chips e pelos insistentes temores com a instável política institucional e a crise hídrica no Brasil.

Entre as quedas da bolsa, as instituições bancárias registraram baixas em reflexo do anseio de sofrerem uma represália mais pesada por parte do governo ao mercado depois da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) ter revelado pretensão de emitir um manifesto com pedido de harmonia entre os Três Poderes.

Fora do país, os ânimos em Wall Street permanecem calmos após o discurso do chairman do Federal Reserve (banco central dos EUA), Jerome Powell, na sexta-feira (27). 

O Ibovespa teve queda de 0,78%, a 119.739 pontos com volume financeiro negociado de R$ 21,478 bilhões. O dólar comercial caiu 0,12% a R$ 5,189 na compra e a R$ 5,189 na venda.

Terça

O Ibovespa acabou o mês de agosto encerrando em queda na terça-feira (31), refletindo os conflitos acerca da alta no valor do combustível e a consequente baixa das ações da Petrobras. Além disso, ainda permaneciam no radar questões políticas como a crise institucional e os temores com o risco fiscal.  

O resultado somou-se a uma desvalorização de 2,48% acumulada pelo principal benchmark brasileiro no mês, o segundo negativo.

No radar de mercado, as ações da Vale perderam 1,8% puxadas pelo declínio nos preços do minério de ferro na China. 

A desvalorização das commodities, que prejudicaram o cenário interno, estavam relacionadas ao aumento da regulamentação do gigante asiático, além dos fracos dados registrados pelo país. 

O Ibovespa teve leve queda de 0,8%, a 118.781 pontos com volume financeiro negociado de R$ 38,573 bilhões. O dólar comercial caiu 0,34% a R$ 5,171 na compra e a R$ 5,172 na venda.

Quarta

O Ibovespa iniciou setembro no positivo ao encerrar em alta na quarta-feira (1), em meio ao desempenho positivo de bolsas internacionais e a repercussão favorável aos temas debatidos em Brasília.

No cenário interno, o mercado acompanhou os dados do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no segundo trimestre de 2021, que registrou queda de 0,1%. O resultado foi inferior a expectativa de crescimento de 0,2% esperada por economistas consultados pela Refinitiv. O PIB avançou 12,4% em relação ao 2T20, abaixo dos 12,8% projetados. 

Entre os indicadores, o Ministério da Economia informou um superávit de US$ 7,7 bilhões para a balança comercial brasileira em agosto – um recorde histórico para o mês.

O Ibovespa teve alta de 0,52%, a 119.395 pontos com volume financeiro negociado de R$ 29,339 bilhões. O dólar comercial avançou 0,2% a R$ 5,182 na compra e a R$ 5,182 na venda.  

Quinta

Em dia marcado por votações na Câmara dos Deputados e no Senado, o Ibovespa encerrou esta quinta-feira (2) em baixa de 2,28%. Fator crise hídrica também foi um indicador econômico negativo no Brasil. 

Na política, o destaque foi para a votação da reforma do Imposto de Renda, na qual de início foi aprovada com um texto que estabelecia 20% de alíquota de imposto sobre dividendos e o fim dos Juros Sobre o Capital Próprio (JCP). No entanto, foi aceito a redução desse valor para 15%, refletindo na preocupação de qual seria a contrapartida para compensar esse ajuste.

Com o cenário, o benchmark da B3 ficou desfocado do dia positivo lá fora. 

Nos EUA, foram divulgados os dados de pedido de auxílio-desemprego nos EUA, que ficaram em 340 mil na semana, pouco abaixo do esperado por analistas.

O Ibovespa fechou em baixa de 2,28%, a 116.677 pontos com volume financeiro negociado de R$ 29,922 bilhões. O dólar comercial encerrou em leve queda de 0,03% a R$ 5,183 na compra e a R$ 5,183 na venda. 

Sexta

O Ibovespa encerrou em leve alta nesta sexta-feira (3), em uma sessão marcada pela volatilidade do índice. Apesar de ter obtido resultado positivo hoje, o principal benchmark brasileiro recuou 3,1% na semana em meio a discussão de pautas políticas, a crise hídrica e aos fracos indicadores econômicos divulgados, além da preocupação com a inflação. 

No radar político, vale destacar que a Câmara dos Deputados aprovou nesta semana a reforma do Imposto de Renda e isso, junto com outras questões, gerou uma repercussão negativa na bolsa.

Por aqui, as falas do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, movimentaram o mercado. Ele disse que entende o temor sobre a reforma tributária e reforçou a mensagem de que, “no pano de fundo, há uma melhora na situação fiscal do país”. 

Já na Ásia, os temores com a desaceleração econômica se intensificaram após os dados de Índice Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) de manufatura da China virem abaixo do esperado.

O Ibovespa fechou em alta de 0,22% a 116.933 pontos com volume financeiro negociado de R$ 41,282 bilhões. O dólar comercial avançou 0,03% a R$ 5,184 na compra e a R$ 5,185 na venda.