Resumo Semanal: Ibovespa dispara 2,55% com dados macroeconômicos

Dólar acumula queda de 1,17%

O Ibovespa avançou 2,55% no acumulado da segunda semana de dezembro, mantendo o ritmo do período anterior, quando registrou alta de 2,60%. As principais notícias da semana foram as divulgações de dados macroeconômicos, como o avanço da Taxa Selic, que chegou a derrubar o benchmark, e do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), no qual veio abaixo do esperado. Além disso, houve um dos eventos mais esperados pelo mercado, a estreia do Nubank na Bolsa dos Estados Unidos e a volta dos receios sobre a Ômicron no exterior. O dólar acumulou recuo de 1,17% no acumulado da semana.

Segunda

O principal índice da Bolsa de Valores brasileira encerrou em forte alta na segunda-feira (6), encerrando a terceira sessão consecutiva no azul. O Ibovespa se beneficiou do disparo do setor de aviação e turismo, que respira após alívio sobre a nova variante da Covid-19. O mercado brasileiro seguiu atento aos desdobramentos da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) dos Precatórios, divulgação do IPCA de novembro e a última reunião do Copom neste ano.

Nos EUA, os destaques da semana também eram os indicadores de inflação. As bolsas norte-americanas encerraram em alta, apesar do mercado ter oscilado de acordo com sinalizações do Banco Central (Federal Reserve) sobre a retirada de estímulos.

Na Europa, as bolsas subiram com investidores acompanhando as notícias sobre Ômicron e os riscos de novas restrições por conta da pandemia.

O Ibovespa encerrou com alta de 1,70%, aos 106.858 pontos. O volume negociado somou R$ 27,5 bilhões. O dólar avançou 0,18% na sessão a R$ 5,689 na compra e R$ 5,690 na venda.

Terça

O Ibovespa fechou o pregão da terça-feira (7) em alta, retomando os 107 mil pontos pela primeira vez desde 11 de novembro deste ano. O índice se beneficiou, principalmente, de um certo alívio dos temores sobre a variante da Covid-19. Além disso, com a recuperação do índice de tecnologia da bolsa dos Estados Unidos, as fintechs dispararam e lideraram os ganhos do benchmark na sessão.

Nos EUA, o Departamento de Trabalho reportou o maior recuo da produtividade trimestral dos trabalhadores desde 1960, com queda de 5,2%. As estimativas dos especialistas do Wall Street Journal eram de uma baixa de 5%. Em contrapartida, os custos unitários de trabalho no país subiram 9,6% no terceiro trimestre, superando a projeção de alta de 8,4%.

Na Europa, as bolsas do continente encerraram com o melhor desempenho do ano, repercutindo os alívios sobre a Ômicron (veja mais aqui). O principal índice do Velho Continente, o Stoxx 600, disparou 5,58% na sessão, com destaque para o setor bancário no qual saltou 1,59%.

O principal índice da B3 avançou 0,65% aos 107.557 pontos. O volume negociado somou R$ 29,4 bilhões. O dólar caiu 1,26% a R$ 5,618 na compra e na venda.

Quarta

O Ibovespa fechou a sessão da quarta-feira (8) em território positivo, atingindo os 108 mil pontos após quase 1 mês. O mercado brasileiro repercutiu o acordo da Câmara dos Deputados para aprovar a PEC dos Precatórios ainda neste ano e a divulgação dos dados do varejo no mês de outubro. Os investidores estavam atentos à decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) sobre o reajuste da taxa de juros.

O varejo seguiu decepcionando o mercado após a divulgação das vendas. O setor reportou queda de 0,1% nas vendas do mês de outubro ante setembro, sendo o terceiro declínio técnico consecutivo, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A expectativa era de alta de 0,8% nas vendas do período. Conforme a pesquisa, o varejo está 6,4% abaixo do patamar recorde, de outubro de 2020. 

Nos Estados Unidos, as bolsas encerraram em alta, mas chegaram a operar de forma mista após embates entre o presidente, Joe Biden, com Vladimir Putin, presidente da Rússia, sobre a questão da Ucrânia. O democrata chegou a afirmar que uma invasão poderia gerar respostas “para além da economia”.

Na Europa, as bolsas fecharam com baixas depois do embate entre os EUA e a Rússia. O pregão também foi marcado pela despedida de Angela Merkel do posto de chanceler da Alemanha, após 16 anos no cargo.

O Ibovespa avançou 0,50% na sessão, a 108.095 pontos. O volume negociado foi de R$ 28,2 bilhões. A moeda norte-americana teve forte recuo de 1,49% a R$ 5,354 na compra e R$ 5,355 na venda.

Quinta

O principal índice da Bolsa de Valores brasileira encerrou com forte queda no pregão da quinta-feira (9). O mercado repercutiu a decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) em relação à taxa de juros, o que consequentemente derrubou o setor de varejo, que já liderava as perdas do Ibovespa em 2021. O grande evento do dia foi a estreia da fintech brasileira, Nubank, na Bolsa de Nova York (NYSE), com disparada das ações do banco digital durante a sessão.

O Copom anunciou o aumento de 1,5 ponto percentual na Selic, chegando a 9,25% ao ano. É a sétima vez consecutiva que o indicador recebe acréscimo após encontro dos economistas. O órgão já sinalizou que na próxima reunião, em fevereiro, a taxa deve sofrer alta de 1,5 ponto percentual, chegando em 10,75%.

Nos Estados Unidos, as bolsas fecharam, majoritariamente, em queda. Os investidores norte-americanos retornaram a temer o avanço da variante da Covid-19 no país e na Europa, após um estudo revelar que a Ômicron é 4,2 vezes mais transmissível que a Delta.

O Ibovespa despencou 1,67% aos 106.291 pontos. O volume negociado somou R$ 23,6 bilhões. O dólar fechou em alta de 0,7%, a R$ 5,573 na compra e R$ 5,574 na venda.

Sexta

O principal Ibovespa encerrou com alta de 1,37% no pregão desta sexta-feira (10). A principal notícia do dia foi a divulgação do Índice Geral de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que veio abaixo das expectativas. As fintechs dispararam mais de 10% e lideraram os ganhos do Ibovespa na sessão. Além disso, houve a divulgação da inflação dos Estados Unidos.

O IPCA avançou 0,95% em novembro, ficando 0,30 ponto porcentual abaixo do registrado em outubro. O resultado veio abaixo das estimativas dos economistas consultados pela Refinitiv, as quais previam um avanço de 1,08% no mês.

A Méliuz e o Banco Pan dispararam mais de 10% e lideraram os ganhos do Ibovespa na sessão. Eles se beneficiaram da repercussão da estreia do Nubank na Bolsa de Nova York (NYSE), as ações da roxinha saltaram 14,7% na sua primeira sessão no exterior e, no segundo dia, subiram mais de 10%.

Nos EUA, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) avançou 0,8% em novembro ante o mês de outubro, ficando acima das projeções do mercado, que aguardavam por uma alta de 0,7%.

O Ibovespa índice avançou 1,36% na sessão a 107.738 pontos, o volume negociado foi de R$ 22 bilhões. O dólar avançou 0,72% na sessão a R$ 5,613 na compra e R$ 5,614 na venda.