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Riza: regulação de Fiagro vai abrir oportunidades, diz gestor  

Regulação dos Fiagro deixou animados os investidores do setor

A possibilidade de novos negócios vindos da regulação dos Fiagros (fundos que investem nas cadeias produtivas agroindustriais) deixou animados os investidores do setor.

De acordo com o gestor do RZAK11 e do RZAG11, e também co-gestor do Riza Meyenii Núcleo de Agronegócio da Riza, Paulo Prado, a medida deve trazer muitas oportunidades para o agro.

“A gente entende que essa regulação talvez possa abrir esse caminho para o investidor em geral também participar desses tipos de fundo que hoje estão mais limitados a investidores profissionais e institucionais”, avaliou o gestor em conversa com o BP Money nos corredores da Expert XP, neste sábado (2).

“O Fiagro da Risa é 100% focada em produtores rurais. A gente vai direto na produção rural junto com os grandes produtores, operações de longo prazo com garantia das próprias fazendas e tudo mais. É um produto que tem bastante versatilidade com essa nova regulação que deve vir aí a partir de outubro. Entendemos que vão abrir novas frentes”, reforçou.

A novidade foi anunciada no início de agosto pelo presidente da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), João Pedro Nascimento. “O Fiagro é um caminhão de oportunidades onde podem ser inseridas todas as letras do agro, como CRA [Certificado de Recebíveis do Agronegócio], CPR [Cédula do Produtor Rural], entre outros ativos”, disse em evento promovido pela Grant Thornton.

Ele destacou essa como uma das estratégias para alcançar 10 milhões de pessoas físicas na Bolsa até o final do seu mandato, em 2027.

Commodities e juros

Prado informa que a queda nas commodities não está afetando os negócios da Riza. Ele diz que a empresa tem um leque de investimentos grande que não dependem somente desses itens.

“Na Riza tem impactado muito pouco, porque dentro dos nossos fundos, a renda não vem apenas da commoditie. Por exemplo, o Terrax é um arrendamento em reais por hectare, então, independentemente do preço da soja, do milho, o retorno para o cotista vem da mesma maneira e no Fiagro também. É juros em reais. Logicamente que a queda das commodities afeta,então, em termos de risco, o produtor tem menor margem, logicamente que ele vai passar por momentos de menor geração de caixa e pode ser afetado”, afirmou.

Questionado sobre a redução da taxa básica de juros no Brasil, o gestor da Riza disse entender as decisões do BC (Banco Central) e destacou que os investimentos feitos na empresa podem se beneficiar da queda da Selic.

“A gente entende que o Banco Central é bastante técnico e vem fazendo um trabalho bastante responsável ao longo do tempo. Mas para a gente, dentro das estratégias que a Riza tem, temos fundos que com a queda do CDI, acabam se tornando menos atrativos e tem fundos que se tornam mais atrativos. O Terrax é um exemplo, ele é um fundo pré-fixado, então quando o juros subiu ele perdeu um pouco de atratividade e agora no momento, por exemplo, de queda, ele se torna um fundo bem mais atrativo. Já o Fiagro que é ligado ao CDI, se torna um pouco menos atrativo em termos absolutos, porque o CDI é referência para investimento”, explicou.

Expert XP

A primeira edição da Expert XP aconteceu em 2011, especialmente para os assessores de investimentos da XP. Em 2017, o evento abriu as portas ao público geral, com o intuito de alcançar a vida dos brasileiros por meio da educação financeira. Em 2019, na última edição presencial, tornou-se o maior festival de investimentos do mundo, com mais de 30 mil pessoas presentes.

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