Secretário diz

RS: efeitos das enchentes na economia serão sentidos no PIB e nos preços

No entanto, para Guilherme Mello, as medidas do governo podem compensar queda inicial da produção no RS afetado pelas chuvas

Chuvas no RS
Chuvas no RS / Agência Brasil

Guilherme Mello, secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda e líder de um grupo encarregado de calcular o impacto das inundações no Rio Grande do Sul (RS) na economia brasileira, destacou que os efeitos serão perceptíveis no PIB (Produto Interno Bruto) e nos preços.

Ele observou, contudo, que é prematuro avaliar completamente o impacto nas projeções, dada a falta de precisão das informações em meio à tragédia em curso no RS, e que as medidas governamentais anunciadas podem mitigar os efeitos.

O secretário assegurou, no entanto, que não há perspectiva de problemas de abastecimento no País.

“É evidente que uma catástrofe dessa dimensão, que não tem paralelo na História brasileira, tem impactos econômicos, tanto na atividade como nos preços”, afirmou Mello.

No momento atual, as informações que temos ainda são muito pouco precisas, o que nos leva a ter muita cautela”, disse o secretário ao Jornal Globo.

Mello ressaltou que não haverá problema de abastecimento no país, “mas teremos problemas de preços” com a tragédia no RS.

CNM: Tempestades no RS geram R$ 8 bi em prejuízos

De acordo com um levantamento parcial realizado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), as tempestades ocorridas no Rio Grande do Sul desde 29 de abril resultaram em prejuízos financeiros de pelo menos R$ 8 bilhões.

Esses números representam as perdas relatadas por municípios que forneceram dados à Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil do Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional.

A CNM esclarece que os impactos foram relatados pelos próprios municípios e que os dados são parciais, sendo informados à medida que os danos são contabilizados.

A estimativa da CNM é que 1,9 milhão de pessoas foram afetadas, com 645 ainda desaparecidos e 116 mortes reportadas.

A CNM estima que 437 municípios foram afetados, com 397 deles recebendo reconhecimento estadual e federal do estado de calamidade pública.

Dentre esses, 219 municípios registraram decretos no Sistema Integrado de Informações sobre Desastres do governo federal, com a maioria deles fornecendo informações sobre os valores de danos e prejuízos.

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