Os passageiros que necessitarem remarcar voos comprados com destino ao Rio Grande do Sul (RS) não serão cobrados por taxas adicionais para alterar a data da viagem.
Além disso, o reembolso ou crédito para cancelamento de voos com destino alterado será total, sem cobrança de taxas. O estado enfrenta a pior tragédia climática de sua história, com quase 90% das cidades afetadas por fortes chuvas e inundações.
As mudanças entraram em vigor em 11 de maio, quando as companhias aéreas receberam orientações da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) sobre os procedimentos a serem seguidos.
Novos voos da malha aérea emergencial para o interior do RS começaram a operar nesta semana.
O Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, permanece fechado por tempo indeterminado após ser afetado pelas enchentes no início do mês.
Na semana passada, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) solicitou à Anac que flexibilizasse as normas para o transporte aéreo de passageiros no Rio Grande do Sul, dada a situação excepcional dos aeroportos do estado.
A Agência informou à Agência Brasil que analisou o pedido e reconheceu que a alteração do contrato de transporte não acarretará custos adicionais para os passageiros.
De acordo com a Anac, a remarcação de voos com prazo de até um ano da data original não terá custo adicional. Além disso, a opção de reembolso do valor da passagem deve ser oferecida ao passageiro tanto em dinheiro quanto em crédito para utilização futura.
As companhias aéreas devem fazer o máximo esforço para transportar os passageiros para o aeroporto mais próximo de seu destino, dentro do possível. A prioridade de atendimento é dada aos passageiros com bilhetes já emitidos.
RS: Banco do Brics vai destinar R$ 5,7 bi para reconstrução
O Novo Banco de Desenvolvimento, também conhecido como Banco Brics, anunciou nesta terça-feira (14) que vai destinar US$ 1,115 bilhão (cerca de R$ 5,750 bilhões) para o Rio Grande do Sul (RS). O anúncio foi feito pela presidente da empresa, Dilma Rousseff, nas redes sociais.
Em seu perfil na rede social X, Dilma classificou a tragédia climática vivida pelo RS como difícil e dolorosa e mencionou o cenário de calamidade pública.
“Sei que têm sido semanas de muita dor e tristeza. Conversei com o presidente Lula e com o governador [do Rio Grande do Sul], Eduardo Leite, para tratarmos dessa situação dramática e definirmos como poderíamos prestar ajuda financeira”, escreveu Dilma, de acordo com o “Valor”.
“O Banco do Brics tem um compromisso e vai atuar na reconstrução e na recuperação da infraestrutura do Estado. Queremos ajudar as pessoas a reconstruir suas vidas. Vamos destinar, da maneira mais rápida possível, recursos para o estado. Serão US$ 1,115 bilhão. Isso significa R$ 5,750 bilhões”, acrescentou.
Segundo Dilma, o valor será liberado em parceria com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), o BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul) e o Banco do Brasil (BBAS3).