Produtores de arroz do Rio Grande do Sul (RS) pediram ao Ministério da Agricultura a revisão das meninas adotas pelo governo federal devido às enchentes no estado.
Entidades do setor arrozeiro gaúcho solicitaram o cancelamento do leilão de compra pública de arroz e a revisão da isenção do imposto de importação de alguns tipos do cereal.
“Solicitamos novamente a não intervenção do governo no mercado. Já explicamos ao governo que o que ocorre são problemas logísticos e de emissão de nota fiscal e não de oferta de arroz, pois o que houve foi um gargalo momentâneo”, disse o presidente da Federarroz, Alexandre Velho, ao Broadcast Agro.
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Ainda segundo Velho, a tendência é que, em 30 dias, as condições para o abastecimento de arroz estejam normalizadas, não havendo, portanto, necessidade de importação.
Produtores de arroz argumentam que a oferta pelo governo de arroz a R$ 4 por quilo está descasada do mercado mundial e do preço médio do produto de R$ 5/kg a R$ 6/kg.
“Isso vai trazer desestímulo ao produtor para manter área de produção com preços abaixo do custo de produção e voltaremos a diminuir área plantada, o que foi a tônica durante o mercados nos últimos dez anos com dependência do mercado externo”, disse Alexandre.
RS: Fazenda anunciará linha de crédito para grandes empresas afetadas
O Ministério da Fazenda deve anunciar uma linha de crédito para grandes empresas do setor industrial e do agronegócio afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul (RS). Segundo integrantes da pasta, o valor poderá ultrapassar os R$ 10 bilhões. A informação foi divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo e confirmada pelo Estadão.
A expectativa é de que a linha de crédito seja anunciada pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento e da Indústria Geraldo Alckmin na segunda-feira (27). O operador desses novos financiamentos será o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
O banco receberá funding da União para oferecer taxas de juros menores do que as praticadas no mercado. Neste caso, não haverá garantia do Tesouro, uma vez que a avaliação da Fazenda é de que essas grandes empresas têm suporte de garantia e o auxílio será dado via redução do custo do financiamento.
