O Morgan Stanley passou a cobrir a operadora ferroviária, a Rumo (RAIL3), com recomendação de compra (overweight). O banco destacou que o mercado de frete está apertado no País e deve seguir assim nos próximos anos, contexto em meio ao qual Rumo se destaca por apresentar desempenho superior ao do mercado.
Nesse sentido, a casa estabeleceu um preço-alvo de R$ 30, valor que representa 25,6% maior que o fechamento da última quarta-feira (20).
Na avaliação dos analistas Javier Martinez de Olcoz Cerdan e Julia Rizzo, as ferrovias da Rumo estão bem posicionadas para se beneficiar do apertado mercado de frete. “Os investimentos que chegam aos portos de Santos, para onde levam os trilhos da Operação Rumo Norte, deverão atrair mais volumes e, ao mesmo tempo, aumentar seu posicionamento competitivo”, explicaram.
Em relatório, o Morgan Stanley destaca que a produção de milho da segunda safra foi maior que a da primeira safra no Mato Grosso, o que resultou em capacidade de armazenamento insuficiente, cenário propício para a empresa de logística.
“Além dos volumes crescentes, prevemos que os preços dos fretes subam, e vemos uma inflexão estrutural no retorno sobre capital investido (ROIC) da Rumo que parece não ter sido precificada pelo mercado”, informou o banco no documento.
Sendo assim, Morgan Stanley estima o Ebitda da Rumo em R$ 7,1 bilhões para 2024 e em R$ 8,6 bilhões para 2025, altas de 4% e 12% em relação às projeções do mercado.
Cosan (CSAN3) reverte prejuízo no 2T23
A Cosan (CSAN3), comunicou ao mercado em agosto, os resultados do segundo trimestre de 2023 (2T23). A companhia reportou um lucro líquido de R$ 145,2 milhões, conseguindo reverter o prejuízo de R$ 178,6 milhões do mesmo período do ano passado.
Nesse sentido, a recuperação do prejuízo da Cosan se dá mesmo com uma queda de 19,4% da sua receita líquida, que foi de R$ 34,4 bilhões. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) na primeira empresa, de ferrovias, avançou 20,9% no ano, chegando a R$ 1,4 bilhão.
Na Compass, de gás e energia, a alta foi de 10,3%, para R$ 968,2 milhões, e na Moove, de lubrificantes e óleos básico, o crescimento do Ebitda foi de 30,3%, chegando a R$ 302,4 milhões.
A Raízen (RAIZ4), onde a Cosan detém 50% de participação, reportou o seu pior desempenho com o etanol perdendo competitividade frente à gasolina e ao diesel russo, o que levou a receita a recuar 26%, para R$ 48,8 bilhões, e o Ebitda em 44,8%, para R$ 1,6 bilhão.
Por outro lado, a Rumo (RAIL3), Compass e Moove, outras subsidiárias da Cosan, no entanto, registraram melhor desempenho operacional.
“Na Rumo, o resultado foi impulsionado pela expansão dos volumes transportados e da tarifa média consolidada, refletindo a competitividade do modal ferroviário. Na Compass, o mix mais rico com o crescimento dos segmentos residencial e comercial compensou a queda de volume industrial no trimestre. O crescimento da Moove foi alavancado pelo maior volume e melhor mix de produtos vendidos em todos os mercados”, explica a companhia no documento.