O Goldman Sachs iniciou a cobertura das ações da Sabesp (SBSP3) com recomendação de compra e estabeleceu um preço-alvo de R$ 134,30 por ação (equivalente a US$ 24,50 por ADR, recibos de ações negociados na Bolsa de Nova York).
Esses valores representam um múltiplo de 1,22 vezes o EV/RAB (EV = valor de mercado mais dívida líquida; RAB = base de ativos regulatórios) projetado para 2025, sugerindo um retorno potencial de 52,4% em 12 meses.
Isso ocorre mesmo após o recente rali, com a SBSP3 acumulando alta de 19% no ano, enquanto o índice de utilidade pública do Brasil (UTIL) registra avanço de apenas 2%.
“Acreditamos que a Sabesp oferece uma oportunidade única para investidores ganharem exposição ao setor de saneamento, dada: i) sua escala (3ª maior empresa de água listada globalmente em termos de capitalização de mercado); ii) espaço significativo para redução de custos nos próximos anos, dada a recente privatização”, avalia o Goldman.
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A compra deve ocorrer em duas etapas
“(iii) Posicionamento único para participar de leilões de saneamento; iv) mudanças regulatórias que trazem visibilidade sobre retornos atraentes para o capex orgânico (cerca de R$ 70 bilhões até 2029) e v) avaliação atrativa em cerca de 11,5% TIR (Taxa Interna de Retorno) real, semelhante à média das outras empresas de serviços públicos que cobrimos, mas com duração do FCF (fluxo de caixa livre) acima da média (13 anos)”, pontua o banco.
Potencial expressivo de valorização da Sabesp
Os analistas também destacam que a Sabesp está sendo negociada em aproximadamente 0,95 vez o EV/RAB projetado para 2024, valor superior à sua média histórica de cerca de 0,75 vez, mas ainda inferior ao múltiplo de 1 vez.
Isso indica um potencial expressivo de valorização, caso a empresa consiga gerar um ROIC (Retorno sobre o Capital Investido) superior ao WACC (Custo Médio Ponderado de Capital) no futuro — cenário considerado viável, dado o sólido histórico operacional da Equatorial (EQTL3), acionista de referência, e as recentes mudanças regulatórias.
O banco americano mantém sua recomendação de compra para as ações da Eletrobras (ELET3; ELET6) e da Energisa (ENGI11).
