As ações da Sabesp (SBSP3) despencam nesta terça-feira (1º). Por volta de 14h40 (horário de Brasília) os papéis da empresa apresentavam queda de 3,9%, cotadas a R$ 55,83.
O desempenho vem no dia seguinte ao anúncio do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que informou que o governo estadual dará prosseguimento ao processo de privatização da companhia por meio de uma oferta pública de ações.
O secretário de Parcerias em Investimentos do Executivo estadual, Rafael Benini, ressaltou que haverá uma “trava” na participação, ainda a ser aprofundada nos estudos, e que a busca da Sabesp, nesse momento, é por mais de um acionista de referência.
“São investidores de referência. A gente não está buscando só um investidor, mas um conjunto de investidores de referência, que não necessariamente precisam ser operadores, mas que tenham foco no longo prazo e no bom serviço prestado”, afirmou Benini.
Próxima fase dos estudos
A Sabesp informou que a próxima fase dos estudos especializados para detalhar o modelo escolhido ficará sob responsabilidade da Secretaria de Parcerias em Investimentos.
Quanto aos investimentos, o IFC utilizou dados baseados nos estudos que comprovam a capacidade econômico-financeira da companhia, enviados em dezembro de 2021 para a Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp), conforme divulgado pela companhia.
Naquela ocasião, a empresa indicou que o montante de investimento necessário até 2033 para alcançar a universalização dos serviços de saneamento básico, cobrindo 99% da população com água potável e 90% com coleta e tratamento de esgotos, era de R$ 47,5 bilhões.
Entretanto, considerando os investimentos realizados até 2022 e atualizando o valor pelo IPCA, o montante necessário hoje é estimado em R$ 56 bilhões.
Por fim, segundo a secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística de SP, Natália Resende, com a chamada fase “zero” do processo da privatização da Sabesp concluída, o governo do Estado agora seguirá para a fase 1, onde serão detalhadas questões contratuais e regulatórias. Em seguida, será encaminhado o Projeto de Lei à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), com previsão de que ocorra ainda este ano, afirmou.