Dívidas

Sabesp (SBSP3) conclui acordo com credores antes de privatização

O acordo da Sabesp com seus credores se refere a dívidas no total de R$ 22 bilhões

Sabesp
Sabesp / Foto: Divulgação

A empresa de saneamento básico de São Paulo, Sabesp (SBSP3), aprovou e formalizou os “waivers” junto a credores e debenturistas. O processo é parte da preparação para a oferta de privatização da estatal, afirmou em comunicado nesta quarta-feira (19).

O acordo da Sabesp com seus credores se refere a dívidas no total de R$ 22 bilhões. Já a operação com os debenturistas finalizou com uma taxa de negociação de 0,10% flat, o valor da dívida, em março, era de cerca de R$ 10 bilhões. 

Segundo a Sabesp, os waivers obtidos – que se trata de uma renúncia da obrigação de quitar dívidas antecipadamente –  foram sobre emissões de debêntures, estes com mais de 14 mil debenturistas. Mas também se refere a bancos e agências.

Rumo à privatização, a oferta de ações da Sabesp será inteiramente secundária em 2024. A empresa procura acionistas de referência para comprar a participação de 15% até, ao menos, o ano de 2030, seguindo o prazo de “lockup”, de acordo com o “InfoMoney”.

Após a privatização, o Conselho da companhia será composto por 9 membros, sendo 3 indicados pelo governo estadual, 3 indicados pelo acionista de referência e outros 3 independentes.

Tanure pode entrar na disputa pela Sabesp (SBSP3)

O investidor Nelson Tanure pode entrar na disputa pela Sabesp (SBSP3), na oferta que resultará em sua privatização, disseram fontes ao Valor Econômico.

O olhar do empresário está na sinergia com a Emae (EMAE4), arrematada por ele em abril deste ano, no primeiro leilão do governo de Tarcísio de Freitas.

O que tem pesado conta, segundo as fontes, são as “condições pouco usuais do leilão” e “forte oposição política”.

Dada a necessidade de funding, dado o valor que precisará ser desembolsado caso saia vencedor, o comentário nos bastidores é de que poderá ser costurado um consórcio com o braço de investimentos do BNDES, o BNDESPar.

A possibilidade de o BNDESPar entrar na concorrência com um parceiro tem sido monitorada pelo governo paulista há meses, com grande preocupação. Desde o início do processo, já chegaram a circular rumores no mercado de que o banco de fomento entraria com outros sócios, o que não se confirmou.

Com ou sem BNDESPar, a expectativa é que uma eventual oferta de Tanure dificilmente terá demanda na formação do “bookbuilding” (processo de coleta das intenções dos investidores no mercado), segundo fontes envolvidas.