Os analistas do banco JP Morgan reiteraram a Sabesp (SBSP3) como sua principal opção no setor de saneamento. A recomendação para os papéis é de compra, com preço-alvo de R$ 125 após a finalização do processo de privatização da empresa.
A recomendação representa um potencial de alta de 40% frente ao fechamento da quarta-feira (24). O JP Morgan acredita que há mais espaço para valorização, mesmo depois do rali de 18 meses, porém os analistas reforçaram que a execução será essencial.
“Os próximos trimestres devem apresentar ao mercado uma nova administração, um novo plano de negócios, medidas de eficiência de custos e aceleração de investimentos”, destacou a análise do banco.
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Os analistas acreditam que o fator principal que deve impulsionar o desempenho da ação, nos próximos dois meses, será a definição do novo Conselho e da equipe de gestão da Sabesp, visando o que isso pode significar para a governança e estratégia.
Em um prazo mais longo, para os próximos 12 meses, o JP Morgan esperam que o desempenho de investimentos e redução de custos, com a melhoria da rentabilidade e o aumento da alavancagem, bem como o novo marco regulatório e alocação de capital serviam de âncora para a valorização da Sabesp.
As despesas operacionais por metro cúbico devem cair 20%, enquanto a base de ativos regulatórios até dezembro de 2026 deve subir 45%, analisou o banco.
Isso levaria a uma expansão de 55% do Ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – e 53% no lucro por ação no período.
Além disso, com relação aos contratos, o JP Morgan apontou que “os novos contratos de concessão terminarão em 2060 e terão 7 ciclos tarifários, com contabilização anual de RAB, volume de mercado e custos de forma retrospectiva até 2035”.
O primeiro ciclo corresponde ao momento de privatização até 2030, o segundo vai de janeiro de 2031 a dezembro de 2035 e as revisões tarifárias ocorrerão a cada 5 anos até 2060.
Após Sabesp, Tarcísio vê espaço para privatizações avançarem no Brasil
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou nesta quarta-feira (24) que existe potencial para progredir nas privatizações de empresas estatais, tanto em São Paulo quanto no restante do Brasil, após a conclusão da privatização da Sabesp.
Segundo o governador, “não podemos contar apenas com nosso espaço fiscal para atrair investimentos.” Tarcísio de Freitas abordou a possível privatização da Petrobras e do Banco do Brasil no futuro.
Tarcísio argumentou que o Poder Executivo agora sabe “modelar e estruturar melhor os projetos” e que novas privatizações têm um potencial maior para atrair investimentos, além de incluir mecanismos para evitar problemas semelhantes aos do setor de energia.
