A privatização da Sabesp (SBSP3) elevou a participação privada no setor de saneamento de 15,8% das cidades atendidas para 22,2%, segundo projeção da Abcon (Associação e Sindicato Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto).
A Sabesp, hoje estatal, atende cerca de 375 municípios. A alienação das ações da companhia paulista, que já está em curso, deverá ser concluída no dia 22 de julho, quando se dará a liquidação da oferta de ações em que o Estado de São Paulo está vendendo o controle da empresa.
Na expectativa de que a oferta seja a maior da América Latina em 2024, fontes afirmaram que investidores já sinalizam interesse em comprar mais de R$ 30 bilhões em ações da Sabesp (SBSP3), mais do que está disponível hoje, segundo apuração da “Bloomberg”.
A estimativa é que esses investidores adquiram, em conjunto, uma fatia de 17% na Sabesp. O envio de propostas já começou, ao passo que o grupo disputa uma participação em torno de R$ 8 bilhões na companhia, segundo as fontes.
Sabesp (SBSP3): única acionista, Equatorial oferta R$ 67 por ação
A única a formalizar uma proposta para se tornar acionista de referência no processo de privatização da Sabesp (SBSP3), a Equatorial Energia (EQTL3) ofertou R$ 67 por ação – ou seja, um desembolso de R$ 6,87 bilhões pela fatia de 15%.
A oferta foi apresentada na quarta-feira (26). A Aegea, que estava se preparando para fazer uma proposta, desistiu em cima da hora.
O empresário Nelson Tanure também optou por não participar da disputa pela Sabesp (SBSP3). Embora tenha considerado a possibilidade de se associar a um dos consórcios envolvidos no processo de privatização da companhia, ele desistiu devido ao alto nível de risco percebido no negócio.