A oferta de R$ 67 por ação, proposta pela Equatorial (EQLT3) por fatia da Sabesp (SBSP3), foi questionada no Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP), no Ministério Público do Estado. O pedido de investigação deve chegar à Justiça em breve.
A Equatorial foi a única empresa a demonstrar interesse pela Sabesp no período reservado a investidores estratégicos. Sua proposta representa um desconto de cerca de 10% em relação ao valor das ações da companhia de saneamento básico.
O Sintaema (Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo) e o Ondas (Observatório Nacional dos Direitos à Água e ao Saneamento) são os responsáveis por mover a ação.
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Nos documentos, eles também que o estudo de “valuation” , encomendados pelas próprias entidades, concluiu que o preço do papel da Sabesp deveria ser de ao menos R$ 85,58, de acordo com o “Valor”.
Além disso, a representação também citou que a oferta fica abaixo do preço atual das ações na Bolsa, bem como do valor referente ao seguro-garantia que o prospecto da oferta exige.
“É evidente que a venda das ações da Sabesp por um valor inferior ao seu valor de avaliação constitui uma lesão ao erário”, diz o documento, segundo o veículo de notícias.
A primeira representação no TCE-SP foi realizada na semana passada, questionando a não divulgação do preço mínimo por ação fixado pelo governo na oferta.
A resposta do governo foi apenas que a proposta da Equatorial ficou além do preço mínimo, que só será revelado após a liquidação da oferta, em 22 de julho.
Equatorial (EQTL3) adquire participação na Sabesp (SBSP3)
Sendo a única a apresentar uma oferta, a Equatorial (EQTL3) ganhou a seleção para ser o investidor de referência que será parceiro do Estado de São Paulo na Sabesp (SBSP3).
Com um volume total de R$ 6,87 bilhões, sendo ofertado R$ 67 por ação, a Equatorial (EQTL3), que controla a CSA (Concessionária de Saneamento do Amapá), agora marca presença em São Paulo.
A oferta da Sabesp (SBSP3) teve duas etapas. Na primeira, quem fez a melhor oferta será o acionista de referência e deterá 15% da empresa, sem poder vender a posição até 2029, e irá movimentar R$ 6,9 bilhões. Já na segunda fase, a oferta será levada para o mercado.
Em coletiva de imprensa, que ocorreu em Londres, onde o governo está para realizar o roadshow da oferta, o governador Tarcísio de Freitas declarou que está satisfeito com o processo.
“É comum numa oferta pública que os investidores manifestem interesse e depois acabem saindo do processo”, disse ele, de acordo com o ‘Tribuna da Bahia’. “O acionista de referência não tem o controle, nós sempre dissemos isso; ele tem lock-up, acordo de acionista. É natural que isso seja uma questão para alguns investidores”, acrescentou.
