A Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp) concedeu autorização à Sabesp (SBSP3) para aumentar as tarifas atuais em 6,4469%, conforme anunciado pela empresa na última segunda-feira (8).
O aumento foi oficializado junto com a publicação de uma nota técnica. A Sabesp informou que as novas tarifas serão divulgadas no Diário Oficial do Estado de São Paulo e entrarão em vigor em 10 de maio de 2024.
O aumento supera a inflação do período, que foi de 4,5%. Na determinação do reajuste, a agência reguladora considera fatores como ganhos de escala e correções de ajustes anteriores.
A Arsesp, contudo, recusou a proposta da Sabesp de incluir no reajuste os descontos tarifários concedidos a grandes consumidores.
De acordo com os documentos apresentados, a Sabesp oferece aproximadamente R$ 800 milhões em descontos e propõe incluir cerca de R$ 420 milhões nas tarifas.
A agência reguladora acredita que essa política incentiva os grandes consumidores a aumentarem sua demanda por água, o que por sua vez impulsiona as vendas da Sabesp.
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Além disso, não foi considerada uma compensação por diferenças entre as projeções de vendas calculadas pela Arsesp e as vendas efetivamente realizadas.
Bradesco BBi vê com bons olhos
No ponto de vista dos analistas do Bradesco BBI, o aumento foi benéfico para a Sabesp. “Em última análise, o reajuste tarifário anual ficou acima da inflação, o que em geral é algo que para uma empresa pública é sempre positivo de ver”, diz o banco.
“Notadamente, caso a Sabesp seja privatizada (nosso cenário base é que isso acontecerá em julho ou agosto), o reajuste tarifário anual de 2024 será aplicado, em tese, até 1º de janeiro de 2026″, conforme relatório divulgado nesta manhã.
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No entanto, o preço estipulado pelo Citi ainda considera a Sabesp como estatal, porém com potencial de valorização de 18,2% frente ao fechamento da sessão Ibovespa de terça-feira (2).
“A administração da Sabesp tem feito um bom trabalho no ajuste da base geral de custos da empresa e no tratamento adequado das receitas regulatórias, o que pode reduzir ainda mais as ineficiências”, afirmaram Antonio Junqueira e Guilherme Bosso, analistas que assinaram o relatório.
