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Sabesp (SBSP3): XP eleva para compra e vê potencial alta de 30%

Analistas afirmam que estão construtivos em relação à privatização da Sabesp

Os analistas da XP revisaram sua recomendação para as ações da Sabesp (SBSP3), de neutro para compra. Com um preço-alvo de R$ 80 para 2024,  indicando um possível aumento de valor de 30,5% em comparação ao encerramento de sexta-feira (13).

Os analistas da XP, Vladimir Pinto e Maíra Maldonado, apontaram em relatório que estão  construtivos em relação à privatização da Sabesp e às perspectivas de turnaround (virada na empresa).

“Apesar do calendário apertado, acreditamos que a privatização é factível e o governo tem conseguido manter-se no caminho certo”, ressaltam os analistas.

Os analistas da casa ainda antecipam que, à medida que a privatização avance, a Sabesp poderá demonstrar melhorias em seus resultados operacionais, algo que segue a tendência observada em outras empresas estatais que passaram por processos similares. 

Além disso, os analistas destacam que, atualmente, o SBSP3 apresenta uma avaliação atrativa, com um múltiplo de 0,75 vezes o Enterprise Value (valor da empresa, incluindo dívida líquida) em relação à Base de Ativos Regulatórios (RAB).

Apesar da privatização, os analistas afirmam que a Sabesp apresenta melhores resultados operacionais, num movimento semelhante ao visto com outras empresas estatais. 

Privatização da Sabesp

Quanto à privatização, os analistas ressaltam que a “Fase 1” em andamento, que abrange as definições relativas à regulação, governança corporativa e as aprovações políticas em nível estadual, provavelmente será concluída dentro do prazo previsto.

A segunda fase deve se concretizar até meados de 2024 e culminará com a efetiva privatização. As etapas precedentes envolveram a aprovação final dos municípios, a definição da oferta de ações e a realização de roadshows para potenciais investidores.

O processo de turnaround é outra alavanca relevante. A empresa já realizou um programa de demissão voluntária, ao qual aderiram 1.862 colaboradores.

“Existem diversas iniciativas para reduzir custos, das quais destacamos a criação de uma área de serviços compartilhados que deverá reduzir a redundância nas suas unidades de negócio regionais. Além disso, vemos movimentos positivos na criação de uma área regulatória e na definição de uma política de hedge cambial”, avaliam.

Os analistas projetam que a Sabesp apresente melhores resultados operacionais, num movimento semelhante ao que vimos com outras empresas estatais como Cemig (CMIG4), Copel (CPLE6) e Petrobras (PETR4).

A avaliação da casa pressupõe 50% de chance de privatização da empresa. Recentemente, o Itaú BBA também destacou ver chance de 50% da Sabesp ser privatizada.