Mercado

Santander: ‘O ganhador neste ano foi o estrangeiro’, diz Sobral

"Os investidores locais são mais dogmático e de dar peso excessivo aos ruídos locais”

O responsável pela área de mercados da tesouraria do Santander Brasil (SANB11), Sandro Mazerino Sobral, expressou otimismo em relação ao Brasil, destacando o elogio ao discurso do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e enfatizando uma perspectiva favorável para o cenário internacional em 2024. A fala ocorreu em entrevista ao Valor.

Em suas análises, Sobral critica a postura dos investidores locais, apontando que estes tendem a ser “muito mais dogmático e de dar peso excessivo aos ruídos locais”. 

Durante a entrevista o responsável pela área de mercados da tesouraria do Santander destaca a necessidade de uma abordagem menos rígida e mais atenta aos cenários externos, visando uma visão mais ampla e menos influenciada por questões exclusivamente nacionais.

Sobral defende de maneira enfática uma redução mais ágil das taxas de juros ao destacar a atuação do chefe da pasta. Além disso, o reconheceu por sua produção de relatórios controversos e frequentemente divergentes do consenso geral.

Santander (SANB11) estima Ibovespa a 160 mil ao final de 2024

A equipe de estrategistas do Santander (SANB11), formada por Aline Cardoso, Luane Fontes e Guilherme Motta, destacou suas projeções para 2024 e projetou o Ibovespa a 160 mil pontos até o final de 2024. A previsão representa um potencial de valorização de cerca de 23% frente ao fechamento da última sexta-feira (15).

Em relatório, os analistas da instituição financeira explicaram que a crescente probabilidade de um “pouso suave” na economia dos EUA, o que poderá levar o Fed (Federal Reserve, o BC norte-americano) a reduzir as taxas no segundo semestre de 2024, impulsionará o Ibovespa.

Além disso, o Santander espera que a Selic, a taxa básica de juros, chegue a 9,5% ao ano em dezembro de 2024, antes os atuais 11,75%.

Os analistas da Santander ainda apontaram que o valuation do Ibovespa ainda é atrativo. O índice negocia agora a um múltiplo de preço/lucro futuro de 8 vezes, ainda um desvio padrão abaixo da média de 15 anos e nem sequer precificando o nível atual de rendimentos reais de 10 anos, segundo