Bancões no 2TRI24

Santander (SANB11): lucro líquido é de R$ 3,33 bi, alta anual de 44,3%

O número foi 4,45% maior frente as expectativas de consenso da LSEG, de R$ 3,19 bilhões

Santander
Foto: Divulgação

O primeiro dos bancões a divulgar os resultados referentes ao segundo trimestre de 2024, o Santander Brasil (SANB11) comunicou um lucro líquido recorrente de R$ 3,332 bilhões, alta anual de 44,3%, apoiado por aumento de empréstimos e das tarifas.

O número foi 4,45% maior frente as expectativas de consenso da LSEG, de R$ 3,19 bilhões. Já o lucro societário foi de R$ 3,247 bilhões.

A receita líquida de juros (NII) subiu 10,6%, para R$ 14,75 bilhões. O ROAE (retorno sobre o patrimônio líquido médio), indicador de lucratividade, atingiu 15,5%, um aumento de 4,3 pontos percentuais.

As despesas líquidas com pPDD (provisões para devedores duvidosos) totalizaram em R$ 5,896 bilhões, com queda de 2,4% frente o 1TRI24 e de 1,4% ante o 2TRI23.

O banco comunicou que fez uma provisão adicional de R$ 1,930 bilhão no segundo trimestre, sem especificar o motivo. Já a carteira de empréstimos consolidada do banco aumentou 7,8%, para R$ 665,59 bilhões.

“Apresentamos uma clara expansão da NII do cliente, impulsionada por volumes mais altos, com a NII do mercado em níveis positivos. As tarifas também cresceram de forma consistente”, disse o presidente-executivo do Santander Brasil, Mario Leão, no balanço.

A margem financeira bruta totalizou R$ 14,751 bilhões entre abril e junho, alta de 10,6% na comparação com o segundo trimestre de 2023.

As receitas de prestação de serviços e tarifas bancárias totalizaram de R$ 5,182 bilhões, alta anual de 17,5%. As despesas gerais, por sua vez, foram de R$ 6,314 bilhões, avanço anual de 4,6%.

Santander (SANB11): o que os analistas esperavam?

Goldman Sachs (GSGI34) projetou que o Santander (SANB11) estaria atrasado, especialmente em relação à continuidade das tendências de melhor rentabilidade para o Itaú (ITUB4) e o Banco do Brasil (BBAS3). O Goldman está mais cauteloso em relação ao banco brasileiro do que o consenso.

Já a XP ressaltou, em seu relatório, que a instituição deveria manter sua tendência positiva, com ganhos contínuos e eficiência. A estimativa do LSEG, por sua vez, é de um lucro de R$ 3,1 bilhões no segundo trimestre de 2024.

JPMorgan (JPMC34) esperava que o Santander tivesse um lucro de R$ 3,3 bilhões, com NII (margens financeiras) de mercado fraco e NII de cliente atrasado em relação ao avanço dos empréstimos. O banco também aguardava que o Santander se beneficiasse da recuperação dos empréstimos para automóveis.

Além disso, o Goldman possuía uma estimativa de expansão modesta do Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), que será compensada por impostos mais elevados.