O mercado reagiu positivamente ao balanço do Santander Brasil (SANB11), divulgado nesta terça-feira (30), que apresentou indicadores financeiros robustos. O banco registrou uma expansão de 41,2% no lucro líquido recorrente do primeiro trimestre, totalizando R$3,02 bilhões, superando a expectativa média dos analistas, que era de R$2,89 bilhões.
O retorno sobre o patrimônio médio (ROAE) gerencial alcançou 14,1% no período, destacando-se como um dos pontos positivos mencionados pelos analistas.
Por volta das 14h03 (horário de Brasília), as ações do Santander apresentavam um aumento de 3,01%, sendo negociadas a R$28,92.
“Na qualidade de nossa carteira, a PDD se manteve estável no trimestre, que somada à expansão da carteira, resultou em uma queda no custo do crédito, o que reforça uma trajetória positiva para 2024”, destacou o Santander em release de resultados.
Santander: Casas de análise avaliam
Segundo o BB Investimentos, o Santander apresentou resultados positivos, com uma melhoria significativa em diversos indicadores, incluindo o crescimento da carteira de crédito e da margem financeira, mesmo que estejam dentro da sazonalidade esperada para o período.
“Quanto à carteira de crédito ampliada, a variação no comparativo anual de 8,1% marca um retorno ao ritmo de crescimento do mercado, algo que o Santander, no auge da desaceleração por conta da escalada da inadimplência em períodos recentes, havia deixado de acompanhar”, aponta o analista Rafael Reis.
Reis observa uma mudança visível na margem financeira, com o ponto mais baixo no terceiro trimestre do ano passado. Ele destaca que as margens com clientes e no mercado registraram aumento, “inclusive no Spread”, indo contra a tendência de compressão observada no mercado devido ao ambiente de queda de juros.
Isso sugere que o Santander pode ter direcionado sua exposição para segmentos mais lucrativos recentemente. Por outro lado, ele menciona aspectos negativos, como inadimplência e comissões. O BB Investimentos mantém uma recomendação de compra para as ações, embora alerte para um alto risco, ajustando o preço-alvo de R$33,40 para R$34,70.
A Guide Investimentos vê um impacto marginalmente positivo com o balanço, com dados 5% acima do esperado, o que indica um forte crescimento na comparação anual, impulsionado pela recuperação da margem com clientes e uma redução na inadimplência, de acordo com o analista Fernando Siqueira.
Com a recuperação da economia, a Guide prevê uma continuidade na recuperação do crédito e uma melhora na inadimplência.
A XP Investimentos (XPBR31) avaliou que os dados vieram acima de suas expectativas e indicam que o banco está no caminho certo para entregar um ROE superior ao custo de capital. O lucro líquido acima do esperado foi impulsionado pelo aumento da margem financeira com o mercado e uma taxa efetiva de imposto ainda deprimida, segundo a XP, o que contribuiu para o aumento da rentabilidade.