O Banco Santander (SANB11) anunciou o pagamento de JCP (Juros sobre Capital Próprio) no valor total de R$ 1,5 bilhão. O montante foi aprovado pela diretoria executiva em reunião realizada nesta quinta-feira (10).
O valor líquido a ser pago — após a dedução do valor relativo ao IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte) — será de R$ 1,2 bilhão.
Um comunicado enviado pelo Santander aos seus acionistas afirma que o valor por ação ordinária será de R$ 0,1913 valor bruto e R$ 0,1626 o valor líquido, já descontado o IRRF.
Com a ação preferencial, será pago R$ 0,2105 bruto e R$ 0,1789 líquido. Já para os detentores de Unit SANB11 (que corresponde a uma ação ordinária e uma ação preferencial) será distribuido R$ 0,4019 valor bruto e R$ 0,3416 líquido.
Os JCP do Santander serão creditados no dia 8 de maio, com base na posição acionária da companhia em 17 de abril. Com isso, a partir de 22 de abril as ações passam a ser negociadas sem direito ao provento.
Santander eleva previsão de 2025 de PIB e Selic este ano
Em relatório recente, o banco Santander Brasil (SANB11) revisou suas projeções para a macroeconomia brasileira, elevando a estimativa do PIB (Produto Interno Bruto) e da Selic (taxa básica de juros) em 2025.
Agora, no caso do PIB, o Santander prevê uma expansão de 1,8% para 2%, como reflexo da tendência mais forte do que o esperado para o setor agropecuário no primeiro trimestre, o que causará também efeitos secundários sobre a economia.
“Além disso, vemos um impacto positivo da recente medida de crédito consignado no consumo das famílias”, pontuou o banco, segundo a “CNN Brasil”. O Santander seguiu com a projeção de crescimento de 1,5% para a atividade em 2026.
Enquanto isso, o banco projeta que ao final de 2025 a Selic esteja em 14,75%, ao passo que a taxa de juros terminal foi reduzida de 15,50%, a partir da reunião de junho, para 15,25%. Para 2026, a projeção do banco foi mantida novamente, visando os juros a 13%.
“Ao mesmo tempo, reconhecemos que o impacto do Liberation Day provavelmente será dovish: as tarifas seriam vistas como um choque de oferta, com as incertezas e a fraqueza do USD aumentando a chance do ciclo terminar até junho”, salientou o banco em relatório.
Já com relação ao IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), o Santander também cortou a projeção de 2025 (de 6% para 5,8%), por conta da apreciação do câmbio em patamar abaixo do esperado anteriormente.
“A persistência do câmbio na casa dos R$ 5,70 pode exercer pressão baixista adicional de mais 20/30 pontos-base no IPCA do ano”, acrescentou.
Por outro lado, a expectativa do Santander para o IPCA de 2026 passou de 4,6% para 5%, com a tendência para a inflação no médio prazo ainda preocupante.