Saraiva (SLED4) registrou prejuízo de R$ 17 milhões no 1T23

Resultado indica melhora de 11,7% em relação ao mesmo período do ano passado

A rede de livrarias Saraiva (SLED4) divulgou o seu desempenho no primeiro trimestre de 2023 na segunda-feira (15). Em recuperação judicial, a companhia registrou prejuízo de R$ 17,8 milhões no 1T23, indicando melhora de 11,7% em relação ao 1T22.

A receita líquida da Saraiva alcançou R$ 16,9 milhões, registrando redução de 4,8% quando comparada com o 1T22. Segundo a empresa, a queda aconteceu em decorrência da redução do número de lojas na rede de 36 para 31 lojas. A margem bruta dos primeiros três meses foi de 52,5%, apresentando um aumento de 7,7p.p. em relação ao 1T22, que foi de 44,8%.

A receita líquida de lojas físicas no 1T23 atingiu R$ 16,6 milhões, o que representa um aumento de 0,1% quando comparada ao mesmo período do ano anterior. O Same Store Sales, ou seja, as vendas das mesmas lojas comparadas entre o 1T23 e 1T22 teve aumento de 12%, o, de acordo com a empresa, que demonstra sua capacidade de recuperação frente aos desafios enfrentados nos últimos anos.

Já em receita líquida obtida com as vendas através do site Saraiva.com foi de R$0,3 milhões, registrando um declínio de 76,7% em relação ao 1T22. A rede justificou que a baixa performance do site se deve a problemas estruturais na solução, motivo pelo qual foi totalmente reformulado em outubro de 2022 e se encontra em processo de recuperação. O e-commerce atua efetivamente como um marketplace, oferecendo produtos de lojas parceiras, distribuídos em seções de games, papelaria, presentes e, futuramente, eletrônicos.

Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado do 1T23 foi de R$10,2 milhões negativos e apresentou melhora de 44,5% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Saraiva analisa pedido de falência feito por credor

A livraria Saraiva emitiu um fato relevante no início de maio, comunicando sobre o pedido de falência contra a companhia feita por um dos seus credores na semana passada. 

A companhia informou ao mercado que tomou conhecimento de que foi protocolizado, pela empresa de tecnologia Websoul no último dia 27 de abril, o pedido de falência e analisa as providências que serão adotadas a respeito.

“A companhia ressalta, por oportuno, que o pedido foi apresentado fora do processo de recuperação judicial da companhia, ou seja, de forma autônoma, e não tem relação com o referido processo ou com o adimplemento do plano de recuperação judicial, o qual vem sendo devidamente cumprido pela Saraiva”, diz, em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).