Auxílio para o governo

Saudi Aramco aumenta dividendos para US$ 31 bilhões

A decisão da Saudi Aramco beneficia o governo arabe, visto que este último enfrenta um déficit crescente no orçamento

Foto: Divulgação / Saudi Aramco
Foto: Divulgação / Saudi Aramco

A Saudi Aramco – uma das empresas com maior valor de mercado do mundo – aumentou o valor de seus dividendos do último trimestre de 2023, para US$ 31 bilhões. A elevação integra um componente extra, mesmo diante da queda do preço do petróleo e com a produção reduzida. 

De acordo com o Valor Econômico, a decisão da Saudi Aramco beneficia o governo arabe, visto que este último enfrenta um déficit crescente no orçamento. Em termos anuais, o lucro da gigante estatal de petróleo caiu 25%, por conta da redução voluntária na produção. 

Nas estimativas da Saudi Aramco, a distribuição total de dividendos deste ano, aos investidores e ao governo da Arábia Saudita, ultrapassará o valor de 2023.

Impactos dos dividendos da Saudi Aramco no governo

Sob a responsabilidade da estatal está a grande parte das receitas do governo arabe, justamente por meio da distribuição “generosa” de dividendos, segundo o Valor. Enquanto o príncipe herdeiro, Mohammed bin Salman, segue investindo em projetos como a cidade futurística de Neom, o pagamento da Saudi Aramco se tornou vital ao reino.

Outros movimentos praticados pelo príncipe foi a compra de jogadores de futebol de alto nível, ao mesmo tempo em que ele busca diversificar, através do petróleo, a economia local.

O governo saudita também planeja a retomada de uma oferta subsequente de ações da Saudi Aramco, para este ano. Porém, por causa das expectativa de “valuation” do reino, bem como o baixo rendimento da Aramco, quando comparado aos pares no decorrer da IPO (Oferta Inicial de Ações), em 2019, os investidores globais recuaram sobre os papéis.

O déficit no orçamento do estado é um fator que segue no radar dos investidores interessados na Saudi Aramco. Nas previsões do governo, até 2026 deve-se esperar um déficit anual, o que os força a adiar, para períodos além de 2030, alguns dos projetos lançados como parte integrante do plano de transformação econômica.