A Ser Educacional (SEER3) reportou prejuízo líquido ajustado de R$ 18,2 milhões no primeiro trimestre de 2023, revertendo lucro líquido ajustado de R$ 639 mil do mesmo período do ano passado. A divulgação do resultado foi feita na segunda-feira (15).
O Ebitda (lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) ajustado totalizou R$ 72,6 milhões no 1T23, um crescimento de 10,5% em relação ao 1T22. A margem Ebitda ajustada atingiu 17,1% entre janeiro e março deste ano, queda de 0,2 ponto percentual (p.p.) frente a margem registrada em 1T22. Com informações do “Infomoney”.
A receita líquida somou R$ 424,5 milhões no primeiro trimestre deste ano, crescimento de 11,7% na comparação com igual etapa de 2022.
Já o lucro bruto atingiu a cifra de R$ 206,3 milhões no primeiro trimestre de 2023, um aumento de 6,9% na comparação com igual etapa de 2022. A margem bruta foi de 48,6% no 1T23, baixa de 2,2 p.p. frente a margem do 1T22.
As despesas gerais e administrativas somaram R$ 166,6 milhões no 1T23, um crescimento de 7,1% em relação ao mesmo período de 2022.
O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 63,2 milhões no primeiro trimestre de 2023, uma elevação de 56% sobre as perdas financeiras da mesma etapa de 2022.
A Ser Educacional investiu R$ 19,4 milhões, tendo os investimentos em reformas de campi e equipamentos, laboratórios e bibliotecas atingido R$ 11,0 milhões, explicado basicamente pela retomada de atividades com o arrefecimento da pandemia, com aumento de 23,6% na comparação com o 1T22.
A companhia é detentora das instituições de ensino superior Uninassau (ex-Maurício de Nassau), Unama, UNG, Uninorte, Uninabuco e Unifael.
CEO revela desejo em abrir novas empresas
Janguiê Diniz, CEO da Ser Educacional, comentou sobre sua vontade de abrir mais nove empresas ao longo da vida, incluindo uma empresa de mapeamento genético que, segundo ele, “será milionária”. A afirmação foi feita durante o Bossa Summit 2023, evento de startups e investimentos que aconteceu em março em São Paulo.
O desejo do CEO se deriva da paixão por empreender. Em sua palestra durante o evento, Diniz relembra sua trajetória até a bolsa de valores. Filho mais velho de uma família de oito crianças, o também head de mercado e portfólio da Bossanova Investimentos cresceu no sul da Paraíba, onde enfrentou a linha da extrema pobreza.
“Eu sou do sul da Paraíba, aos seis anos a gente precisou fugir da seca, aos oito anos eu virei engraxate, e eu entrei para aquela famosa lista da Forbes. Estou não dizendo isso para me gabar, eu estou dizendo isso para dizer que é possível”, disse.
Segundo ele, a vontade de ter sucesso sempre esteve presente. Formado em direito, Diniz já foi juiz e escreveu mais de 30 livros sobre sua história. Entre os sonhos: o de criar uma faculdade. Em 2003, certificado pelo Ministério da Educação, nasceu a Ser Educacional. Dez anos depois, em 2013, a empresa realizou a maior oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) de um grupo de educação na bolsa de valores.