Setor aéreo deve alcançar lucro líquido de US$ 9,8 bilhões em 2023

O montante é maior que o dobro da previsão anterior, de US$ 4,7 bilhões, anunciada em dezembro do ano passado

O setor aéreo foi analisado pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata), destacando que a lucratividade do setor deve ser fortalecida neste ano, com a indústria alcançando lucro líquido de US$ 9,8 bilhões e margem de lucro líquido de 1,2%.

Nesse sentido, o montante é maior que o dobro da previsão anterior, de US$ 4,7 bilhões, anunciada em dezembro do ano passado. Já os lucros operacionais da indústria aérea devem atingir US$ 22,4 bilhões neste ano. Ou seja, quantia muito superior em relação à previsão de dezembro de um lucro operacional de US$ 3,2 bilhões. Além disso, a previsão é maior que o dobro do lucro operacional de US$ 10,1 bilhões estimado para 2022.

Expectativa da Iata

A previsão da Associação é que neste ano, cerca de 4,35 bilhões de pessoas viajem. A estimativa se aproxima do período pré-pandemia em 2019, de  4,54 bilhões.

Além disso, a Iata prevê que os volumes de carga alcancem 57,8 milhões de toneladas, ainda abaixo das 61,5 milhões de toneladas transportadas em 2019.

Por outro lado, as receitas totais devem crescer 9,7% ano a ano, para US$ 803 bilhões. “Esta é a primeira vez que as receitas do setor ultrapassarão a marca de US$ 800 bilhões desde 2019 (US$ 838 bilhões)”, destaca a Iata em nota. Espera-se que o crescimento das despesas seja de 8,1%.

Para o diretor-geral da Iata, Willie Walsh, a lucratividade mais forte é apoiada por diversos fatores, entre os quais a suspensão das restrições da covid-19 no início do ano na China. O executivo cita ainda algum alívio nos custos, com os preços do combustível de aviação, embora ainda altos, caindo ao longo do primeiro semestre do ano.

“As incertezas econômicas não diminuíram o desejo de viajar, mesmo com os preços das passagens absorvendo os custos elevados do combustível. Após perdas profundas com a covid-19, até mesmo uma margem de lucro líquido de 1,2% é algo para comemorar”, destaca o executivo.

Para o diretor-geral da Iata, no entanto, reparar “balanços danificados” e fornecer aos investidores retornos sustentáveis sobre o capital continuará sendo um desafio para muitas companhias aéreas.