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Setor público tem déficit primário de R$ 37,3 bi em novembro

Nos doze meses encerrados em novembro, o setor público consolidado foi deficitário em R$ 131,4 bilhões, o equivalente a 1,22% do PIB

Em novembro de 2023, o setor público consolidado registrou um déficit primário de R$ 37,3 bilhões. Esse valor contrasta com o resultado também deficitário de R$ 20,1 bilhões registrado em novembro de 2022, conforme informado pelo Banco Central do Brasil nesta sexta-feira (5).

No decorrer do mês, foram registrados déficits de R$ 38,9 bilhões no Governo Central e de R$ 343 milhões nas empresas estatais. Em contrapartida, os governos regionais apresentaram um superávit primário de R$ 2,0 bilhões.

No período de doze meses encerrado em novembro, o setor público consolidado registrou um déficit de R$ 131,4 bilhões, representando 1,22% do Produto Interno Bruto (PIB). Esse valor é 0,15 ponto percentual acima do déficit acumulado nos doze meses encerrados em outubro.

No mês de novembro, o total dos juros nominais do setor público consolidado, considerando a apropriação por competência, alcançou R$ 43,6 bilhões. Isso representa uma redução em comparação com o montante de R$ 50,3 bilhões registrado no mesmo mês de 2022.

A redução foi impulsionada pelo desempenho mais favorável das operações de swap cambial no mês, resultando em um ganho de R$ 18,3 bilhões em novembro de 2023, em comparação com o ganho de R$ 7,6 bilhões registrado em novembro de 2022.

Dívida líquida e dívida bruta

Em novembro, a Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) alcançou R$ 6,4 trilhões, correspondendo a 59,5% do PIB. Isso representa um aumento de 0,3 ponto percentual do PIB em comparação com o mês de outubro.

Esse acréscimo reflete os efeitos dos juros nominais apropriados (incremento de 0,4 ponto percentual), do déficit primário (aumento de 0,3 ponto percentual), da apreciação cambial de 2,4% no mês (aumento de 0,3 ponto percentual), do ajuste de paridade da cesta de moedas que compõem a dívida externa líquida (diminuição de 0,3 ponto percentual) e da variação do PIB nominal (diminuição de 0,4 ponto percentual).

No decorrer do ano, o aumento de 3,3 pontos percentuais na relação dívida/PIB derivou das seguintes contribuições: juros nominais apropriados (aumento de 6,1 pontos percentuais), déficit primário (aumento de 1,1 ponto percentual), efeito da valorização cambial acumulada de 5,4% (aumento de 0,6 ponto percentual), ajuste de paridade da cesta de moedas que compõem a dívida externa líquida (redução de 0,3 ponto percentual), reconhecimento líquido de ativos (redução de 0,2 ponto percentual) e crescimento do PIB nominal (redução de 3,8 pontos percentuais).

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