A Shein prevê que sua receita irá dobrar até 2025, para US$ 60 bilhões, ao passo que busca convencer os investidores de que caminha para uma oferta pública inicial (IPO) neste ano.
De acordo com o “Financial Times”, a plataforma almeja uma receita anual de US$ 58,5 bilhões em 2025, superando as vendas anuais das gigantes varejistas H&M e Zara.
Além disso, a empresa chinesa também projeta que o valor bruto das mercadorias aumentará para US$ 80,6 bilhões em 2025, avanço de 174% em comparação com o ano passado.
As metas da Shein surgem após a empresa de moda ter se tornado o destino de compras preferido dos consumidores da Geração Z no Ocidente. Com isso, a companhia espera ter uma das maiores listagens de uma companhia chinesa nos EUA em 2023.
Shein cresce 300% no Brasil e fatura R$ 8 bilhões em 2022
A Shein faturou R$ 8 bilhões no Brasil em 2022, um salto de 300% em relação a 2021. Ou seja, a empresa chinesa, nos últimos dois anos, já ultrapassou a projeção anual para todo o Grupo Soma, de acordo com analistas do BTG Pactual (BPAC11), em relatório divulgado em 30 de janeiro.
Em um cenário econômico ainda bastante incerto, com os efeitos da inflação persistindo no bolso do consumidor, o banco aponta que a Shein não deve parar tão cedo. Uma dor de cabeça e tanto para quem compete no mesmo nicho, mas uma bem menor para quem está direcionando seu olhar para a alta renda.
O banco aponta que as principais escolhas no setor ficam com Arezzo, Grupo Soma e Track&Field, expostas a um público que pode gastar mais e que tem carregado os resultados do setor, sendo que a maior parte do crescimento do varejo de moda foi sustentada por marcas voltadas para os consumidores mais abastados, comportamento que também deve permanecer em 2023.
“A indústria global da moda se recuperou de forma acentuada nos últimos dois anos. Mas, em um mercado frágil como o de hoje, as expectativas de uma recuperação contínua podem desaparecer rapidamente”, afirmam os analistas, segundo a “Exame”.
“Como a economia continua a mostrar sinais contraditórios [menor desemprego, mas ainda alto endividamento das famílias e erosão do poder de compra], a desaceleração deve permanecer heterogênea, como foi o caso há cerca de dois anos, quando o segmento começou a se recuperar”, completaram.