A Shell comunicou ao mercado os resultados da temporada de balanço do segundo trimestres de 2023 (2T23), nesta quinta-feira (27), em que a companhia registrou um lucro ajustado de US$ 5,07 bilhões, representando menos da metade do ganho (-55,80%) recorde de US$ 11,47 bilhões frente ao mesmo período no ano passado.
Nesse sentido, o resultado da Shell ficou inferior à projeção média de US$ 5,58 bilhões de uma pesquisa de 23 analistas, encomendada à Vara Research pela própria petrolífera anglo-holandesa.
O lucro líquido da Shell, por sua vez, no segundo trimestre, somou US$ 3,13 bilhões, queda de 64% na comparação anual. A companhia também declarou dividendos de US$ 0,331 para o período e lançou um programa de recompra de ações de US$ 3 bilhões, a ser concluído quando anunciar resultados do próximo trimestre, quando outra recompra de ao menos US$ 2,5 bilhões deverá ser anunciada.
Shell eleva dividendos
A Shell informou ao mercado em junho deste ano, que aumentará seus dividendos e recompras de ações, enquanto manterá a produção de petróleo estável até 2030.
Nesse sentido, essas movimentações fazem parte do novo plano do CEO da Shell, Wael Sawan que visa recuperar a confiança dos investidores, após o anúncio de um plano de transição energética.
Sendo assim, em uma nova estrutura financeira anunciada antes de uma conferência com investidores em Nova York, a companhia informou que aumentará a distribuição geral dos acionistas para 30% a 40% do fluxo de caixa das operações, ante 20% a 30% anteriormente.
Além disso, a operação inclui um aumento de 15% nos dividendos e um aumento na taxa de seu programa de recompra de ações no segundo trimestre para US$ 5 bilhões, em comparação aos US$ 4 bilhões nos últimos trimestres.
A base do plano de negócio do CEO da companhia é a estrutura financeira para impulsionar o desempenho das ações da Shell em relação aos seus pares americanos, após muitos investidores rejeitarem a empresa britânica mesmo depois de ela ter registrado um lucro recorde de 40 bilhões de dólares no ano passado.