A marca de roupas SideWalk solicitou recuperação judicial na segunda-feira (5), para enfrentar dívidas estimadas em R$ 25,5 milhões.
De acordo com o grupo, a pandemia de Covid-19, os altos preços dos aluguéis em shoppings e as mudanças climáticas foram os principais fatores que contribuíram para a crise da rede, cuja maior parte das coleções é voltada para a moda de inverno.
O processo está tramitando na 3ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais da Comarca de São Paulo (SP). O Estadão/Broadcast apurou que o grupo tentou negociar uma recuperação extrajudicial com os credores, mas não conseguiu chegar a um acordo.
“Existiram tentativas de negociação, mas o perfil dos credores nas negociações acabou inviabilizando a tentativa de seguirem um projeto de recuperação extrajudicial”, afirmou uma fonte próxima à negociação.
SideWalk registrou queda em venda
Conforme detalhado na petição inicial, nos últimos 12 meses, a SideWalk registrou uma queda de 15% nas vendas, que “dependem das temperaturas frias”.
O aumento das compras via marketplaces, aliado ao “alto custo de ocupação” dos shoppings centers, também afetou negativamente a saúde financeira da empresa, afirmou a marca nos autos.
O grupo solicitou à Justiça a antecipação do stay period, ou seja, a proteção antecipada contra credores até que o pedido seja analisado pelo juiz. Além disso, a empresa pede a manutenção dos serviços essenciais de internet, eletricidade e telefonia.