O ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira, defendeu novamente que a Margem Equatorial seja explorada. Segundo ele, o mundo ainda não sabe quando poderá abrir mão do petróleo.
O chefe da Casa esteve no Fórum Esfera 2024, em São Paulo, neste sábado (8), quando fez as declarações sobre o petróleo.
“Não há no mundo quem possa ainda dizer em quanto tempo vamos poder abrir mão desta fonte energética”, disse Silveira.
A necessidade de o mundo transitar para uma economia verde vai se impor “pelo amor ou pela dor”, comentou.
No entanto, Silveira ainda entende que, neste momento, o Brasil deveria “conhecer suas potencialidades”, relacionado a fronteira petrolífera, de acordo com o “CNN Brasil”.
“Não há incongruência”, disse ele enquanto argumentava sobre o petróleo e a política ambiental do País. Para o ministro, o Brasil já realizou a transição energética e continua fortalecendo esta agenda.
Silveira sobre gestão da Petrobras (PETR4): “somos controladores”
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), defendeu uma gestão equilibrada entre o interesse dos investidores e do país na Petrobras (PETR4). Silveira ressaltou que o governo é controlador da companhia e “não pode se envergonhar disso”.
As declarações foram concedidas nesta segunda-feira (27) a jornalistas durante reunião do Grupo de Trabalho de Transição Energética do G20.
“A Vale é uma corporation, onde o governo não é controlador. Mesmo assim, somos formadores de políticas e somos reguladores do setor mineral. Nós podemos cobrar mineração sustentável e segura. Podemos não, devemos. Agora, a Petrobras nós podemos muito mais do que isso. Somos controladores e não podemos nos envergonhar disso”, afirmou Silveira.
Ainda de acordo com o ministro de Minas e Energia, houve uma “covardia no passado”, durante o governo de Jair Bolsonaro, quando o ex-ministro Paulo Guedes defendeu que o governo não deveria ter opinião dentro da companhia.
Segundo Silveira, o governo quer que a Petrobras (PETR4) continue sendo uma empresa atrativa para investidores nacionais e internacionais, com governança segura, mas ressaltou que a estatal tem um “dever social”.