Mais um passo

Sinergias tornam acordo entre Suzano e IP cada vez mais provável

Isso se deve à combinação de melhores opções de financiamento e à possibilidade de a Suzano oferecer ações

Suzano (SUZB3)
Suzano (SUZB3) / Divulgação

A proposta da Suzano (SUZB3) para adquirir a International Paper (IP) está assumindo novas formas e parece cada vez mais viável.

Isso se deve à combinação de melhores opções de financiamento e à possibilidade de a gigante brasileira de celulose oferecer ações da nova empresa como parte do pagamento, o que pode ajudar a reduzir as diferenças entre as duas companhias.

Inicialmente, a Suzano havia proposto pagar US$ 42 por ação para adquirir completamente a IP, um valor que representava um prêmio modesto sobre o preço atual da gigante americana de papel.

Devido ao recente progresso da IP sob a liderança do novo CEO, Andrew Silvernail, analistas e investidores cautelosos estimavam que uma oferta bem-sucedida precisaria estar na faixa de US$ 50 por ação.

Em teoria, esse valor estaria fora do alcance da Suzano devido ao alto nível de endividamento da empresa brasileira.

No entanto, novos desenvolvimentos na Suzano podem estar mudando as perspectivas do negócio. Isso sugere que o Conselho de Administração da IP pode se ver pressionado a aceitar uma oferta de US$ 50,00 por ação, caso a empresa brasileira de celulose consiga estruturar o financiamento necessário.

Nesse cenário, a IP ainda controlaria cerca de 21% da nova empresa, de acordo com um relatório recente da Wells Fargo (WFC).

Suzano (SUZB3) confirma interesse na International Paper

Suzano (SUZB3) confirmou ao mercado, na manhã desta quarta-feira (22) que possui interesse nos ativos da International Paper. No entanto, afirmou que, até o momento, não há nenhum acordo, vinculante ou não, com a empresa americana.

Além disso, de acordo com a Suzano, não existe nenhuma decisão ou deliberação dos órgãos de administração da companhia que apresente o nível mínimo de materialidade necessário para ser considerado um fato relevante.

Em resposta ao ofício da B3, que questionava a recente oscilação das ações da companhia, a empresa informou que na terça-feira os papéis tiveram uma queda de 3,72%, sendo cotados a R$ 49,15, representando a maior desvalorização no Ibovespa.