A situação financeira da Oi (OIBR3) é “precária”, de acordo com o BTG Pactual (BPAC11). Na visão do banco, apesar da autorização do pedido de tutela de urgência da operadora ser crucial para a empresa continuar funcionando, a participação da companhia na V.tal (seu maior ativo) não pagaria sua dívida de R$ 29 bilhões.
A liminar, que foi aceita pela Justiça nesta sexta-feira (03), protegerá a Oi dos credores. Diante deste valor bilionário, o banco de André Esteves estima que a participação da operadora na empresa V.tal não seria suficiente para pagar toda a dívida.
Além disso, segundo o BTG, o controle da Oi sobre a empresa foi reduzido. “A participação da Oi na empresa de infraestrutura foi diluída, e agora estimamos participação em torno de 30,8%”, escreveram os analistas Carlos Sequeira, Osni Carfi e Guilherme Guttilla, em relatório.
O banco acredita que a solução está na negociação com os credores, na obtenção de novos “haircuts” (diminuição do valor da dívida). Apesar disso, os credores acabaram rejeitando a primeira proposta da Oi, divulgada ao mercado no final de 2022.
Oi (OIBR3) pode sofrer intervenção direta da Anatel
A Oi (OIBR3) soma R$ 35 bilhões em dívidas e pode sofrer uma intervenção direta da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). A informação é do jornal “Estadão”.
De acordo com o veículo de informação, caso a intervenção ocorra, a agência assumiria o comando da Oi e toda a diretoria da empresa seria afastada. Segundo o “Estadão”, uma fonte da alta cúpula da Anatel afirmou que, em uma escala de zero a dez, a chance de uma intervenção é de seis.
O órgão quer entender qual é o objetivo da Oi com a tutela de urgência cautelar concedida pela Justiça nas últimas horas. No documento, a operadora escreveu que tentou chegar a um acordo com os credores para refinanciar as dívidas bilionárias, mas não obteve êxito.
Nesta sexta-feira (03), por volta das 16:35 (de Brasília), as ações da Oi não apresentavam ganhos ou perdas, estando cotadas a R$ 1,61.