SLC Agrícola (SLCE3): lucro cai 28,2% no 2T23, para R$ 348,72 mi

A companhia ressaltou que a principal razão por trás da queda foi a diminuição do resultado bruto durante o período,

A SLC Agrícola (SLCE3) divulgou ao mercado, na noite desta quarta-feira (9), os resultados do balanço do segundo trimestre de 2023 (2T23). A companhia reportou uma queda de 28,2% no lucro líquido, de R$ 348,72 milhões, frente ao mesmo período do ano passado, de R$ 485,59 milhões. 

Nesse sentido, a SLC Agrícola ressaltou que a principal razão por trás da queda foi a diminuição do resultado bruto durante o período, impactado pela redução do volume faturado de soja nesse intervalo. Adicionalmente, o desempenho financeiro também apresentou valores negativos.

A receita líquida, entre abril e junho, alcançou R$ 1,44 bilhão, o que representa uma queda de 13,2% frente ao mesmo período do ano passado. Em razão, principalmente, da redução do volume faturado de soja e milho, assim como à redução nos preços unitários faturados para todas as culturas, exceto o milho.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado somou R$ 569,74 milhões no segundo trimestre do ano, 30,5% inferior ao registrado em igual período do ano passado. A margem Ebitda ajustada recuou 9,9 pontos porcentuais na mesma base comparativa, para 39,4%.

Visão do BBA para SLC Agrícola

Para o Itaú BBA, embora a companhia tenha apresentado queda no Ebitda ajustado, o indicador ficou 25% acima da estimativa de R$ 457 milhões do banco.

Desse modo, segundo a avaliação do Itaú, a SLC Agrícola avançou sua posição de hedge para a safra de soja de 2023/2024 de forma significativa, enquanto o algodão segue atrasado.

Embora o resultado mais fraco no segundo trimestre deste ano, frente ao mesmo período do ano passado, algo já projetado pelo BBA, as margens foram uma surpresa positiva. Além disso, a produtividade de algodão e de milho superaram ligeiramente as expectativas.

Para este ano, o BBA estima um “pouso suave” em termos de receitas, muito em função dos preços internacionais e domésticos dos grãos e do algodão.

Em contrapartida, o banco vê a possibilidade de as margens anuais da SLC Agrícola permanecerem acima dos níveis históricos, devido a um cenário favorável para as taxas de câmbio de insumos agrícolas contra soja e milho.

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