SNCI11 paga dividendos de R$ 1 por cota nesta sexta (24)

No fim de janeiro, o fundo imobiliário da Suno mostrou uma base de cotistas de 44,4 mil

O SNCI11 (Fundo imobiliário (FII) Suno Recebíveis) pagará aos acionistas seus dividendos de fevereiro nesta sexta-feira (24). Os proventos serão de R$ 1 por cota neste mês.

Com isso, o pagamento de proventos proporcional ao valor da cota (ou dividend yield) é de 1,02% nessa distribuição. Assim o dividend yield anualizado fica em 12,96%. Os rendimentos do SNCI11 são referentes ao exercício do fundo de janeiro.

No fim de janeiro, o fundo imobiliário da Suno mostrou uma base de cotistas de 44,4 mil. Além disso, a cotação foi de R$ 97,94 no fechamento do mês em questão.

O SNCI11 é um fundo imobiliário que compra títulos de dívida atrelados ao setor imobiliário, sendo meles majoritariamente CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários). 

São títulos de renda fixa com uma estrutura robusta e que possuem indexação à inflação ou a juros somada a uma porcentagem – dando uma rentabilidade para o cotista juntamente com uma proteção contra a inflação.

No acumulado do ano passado, o SNCI11 pagou R$ 14,65 por cota, beirando os 15% de dividend yield. O patrimônio líquido do fundo, apurado no fim de dezembro de 2022, foi de R$ 409 milhões.

Queda do IGP-M tem lado bom e o ruim para FIIs; entenda

A previsão do relatório Focus para o IGP-M em 2023 era de 4,69%, há quatro semanas. No relatório divulgado nesta semana, os especialistas diminuíram as projeções para 4,58%. O índice acumula alta de 3,79% em 12 meses, frente a 16,91% no ano anterior, segundo dados publicados pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), em janeiro. O impacto dessa queda do IGP-M nos Fundos Imobiliários (FIIs), segundo especialistas, têm benefícios e malefícios para os investidores – principalmente de fundos de papel. 

Os FIIs de papel, aqueles que investem em recebíveis imobiliários com o objetivo de obter ganhos através de ativos de renda fixa com lastro imobiliários, são (em grande parte) atrelados a IGP-M, IPCA e CDI. Na teoria, a queda no IGP-M pode afetar os FIIs de papel, negativamente, já que o rendimento desses fundos deve cair, mas também pode ajudar na diminuição do risco de vacância e inadimplência, como explica Lana Santos, especialista de Renda Variável e sócia da Acqua Vero. 

“A queda do IGP-M impacta principalmente os FIIs de papel, fundos imobiliários que investem em dívida imobiliária (CRI). Os CRI são indexados a algum indicador, majoritariamente CDI, IPCA e IGP-M. Quando algum desses indicadores se reduz no mês,  a rentabilidade dos ativos também diminui, podendo impactar negativamente nos dividendos distribuídos por aquele fundo, ainda que pontualmente, até o indicador voltar a patamares positivos”, disse Lana Santos. 

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