O Softbank demitiu 19% de seus funcionários na América Latina, cerca de 10 colaboradores, de cargos mais júnior, de uma equipe de 53. Os desligamentos, feitos nesta quinta-feira (29), fazem parte da reestruturação global promovida pelo conglomerado japonês, que busca cortar custos em meio a prejuízos bilionários nos últimos trimestres.
No mundo, o Softbank já demitiu 26% de sua equipe, cerca de 150 funcionários. Na América Latina, os cortes foram proporcionalmente menores por conta que os dois fundos da região possuem pouco tempo de existência. O mais velho deles foi levantado em 2019.
Até o momento, o Softbank já investiu US$ 7,6 bilhões dos US$ 8 bilhões que seus dois fundos da América Latina têm em capital. Em 2022, o conglomerado japonês fez oito investimentos, sendo que mais de 70 empresas já passaram pelo comitê de investimentos desde janeiro.
Softbank não foi o único a realizar demissão em massa
O Softbank não foi o único a demitir uma parcela de seus colaboradores nesta semana. Em 26 de setembro, a edtech Gama Academy realizou uma demissão em massa. O corte teria afetado 42 funcionários da empresa, a maioria da área de tecnologia e de produtos, de acordo com informações de um ex-colaborador e conforme o BP Money apurou.
O lay-off, segundo ex-funcionários, foi feito pois “a Gama escolheu ir por um caminho educacional, mais do que tecnológico, realizando o lay-off de boa parte dos times de Produto e Tecnologia”, disse, nas redes sociais, uma ex-funcionária afetada pelo corte.
A maioria dos cortes foi de residentes em São Paulo. Ainda assim, a startup também demitiu moradores de outras capitais, como Rio de Janeiro, Natal e Manaus.
Fundada em 2016, a Gama Academy recebeu, no ano passado, um investimento inicial de R$ 33,8 milhões da Anima Educação (ANIM3), player de educação privada do país. A empresa também está passando por um processo de rebranding.