Através da venda de títulos em dólares e euros, o SoftBank (STFBY) levantou aproximadamente US$ 1,86 bilhão, um de seus maiores negócios em moeda estrangeira por uma companhia do Japão em 2024. O movimento ocorre enquanto a empresa tenta expandir o investimento em inteligência artificial (IA).
O SoftBank precificou duas tranches em dólares, no total de US$ 900 milhões, e outras duas parcelas em euro, conseguindo mais €$ 900, em sua primeira oferta de dívida sem ienes, afirmou a empresa, segundo a “Bloomberg”.
Segundo a companhia japonesa, os recursos eram destinados ao pagamento de dívidas e financiamento de operações. A empresa viu as ações subirem pelo otimismo com o aporte em IA.
No mercado do país asiático, os investidores tentam garantir rendimentos grandes antes que os bancos centrais estrangeiros iniciam o ciclo de corte nas taxas de juros, ao passo que o Banco do Japão deve aumentar os juros este ano.
Pela grande dimensão de mercados como o dos EUA, que permite mais empréstimos, as empresas japonesas buscam aumentar os acordos de dívida no exterior, segundo o veículo.
SoftBank: Paul Singer monta posição e faz pressão sobre Son
A Elliott Management, liderada por Paul Singer, adquiriu uma participação significativa no SoftBank e iniciou pressões sobre a empresa de investimentos japonesa para lançar um programa de recompra de US$ 15 bilhões, segundo fontes familiarizadas com o assunto que falaram à Bloomberg News.
O investidor ativista americano adquiriu uma participação no valor de mais de US$ 2 bilhões e tem mantido conversas com executivos da SoftBank nos últimos meses, conforme relatado pelas fontes.
A Elliott argumenta que uma recompra de ações dessa magnitude ajudaria o fundador Masayoshi Son a demonstrar ao mercado sua confiança no SoftBank. As ações subiram 4,6% em Tóquio no dia 5 de junho.
É a segunda vez que a empresa de Paul Singer direciona suas ações ao SoftBank, que está entre os maiores e mais influentes investidores em tecnologia do mundo.
Em 2020, a Elliott acumulou uma participação de cerca de US$ 3 bilhões, o que levou o SoftBank a aumentar drasticamente seu ritmo de recompras de ações. Posteriormente, a Elliott vendeu grande parte de sua participação na empresa com sede em Tóquio.