
A Sparta Investimentos, gestora com mais de 30 anos de atuação no mercado, vive um novo ciclo de expansão. Criada originalmente como uma casa focada em multimercados, a gestora passou por uma virada estrutural ao longo da última década, movimento que se consolidou com a criação de sua frente de crédito privado, hoje o principal pilar da operação.

De acordo com Caio Palma, gestor de Infra da Sparta, o turning point veio em 2010, quando o fundador Ulisses Nehmi decidiu diversificar as fontes de receita e dar maior previsibilidade ao negócio. “O marco foi o lançamento do Sparta Top, primeiro fundo 100% de crédito privado da casa, em 2012″ afima Caio.
A partir daí, a gestora acelerou sua atuação, ampliando a oferta para fundos incentivados e listados.
Sendo assim, em 2017, lançou o primeiro fundo de debêntures incentivadas aberto da casa. Depois, vieram os produtos na B3: o Juro11, em 2021; o CDI11, em 2023; e o mais recente, o DIVIS11, consolidando um braço relevante de fundos negociados em bolsa.
Momento atual: renda fixa vive um dos melhores ciclos
A Sparta avalia que o cenário atual é um dos mais favoráveis para renda fixa em anos, tanto para investidores conservadores quanto para quem aceita mais risco.
Portanto, com o CDI ainda perto de 15%, Palma afirma que o carregamento dos pós-fixados já entrega retorno real elevado.
“Quem quer baixo risco se beneficia do carrego alto. E quem tolera mais volatilidade encontra oportunidades nos indexadores, que também estão historicamente elevados, como IPCA e juros prefixados”, explica.
A gestora oferece produtos para todos os perfis:
- Pós-fixados, como o CDI11;
- Fundos com risco de mercado, como JURO11 (duração curta) e JIBES (duração mais longa);
- Fundos de infraestrutura, mais resilientes ao cenário de juros.
Infraestrutura segue como setor mais forte em crédito privado
Com juros elevados e crescimento econômico moderado, a avaliação de emissores se tornou mais rigorosa. Para Palma, setores como telecom e logística sofrem mais, enquanto infraestrutura permanece defensiva.
“As empresas de infraestrutura têm receitas estáveis, repassam preço e captam no IPCA+, o que combina com a estrutura de dívida delas. Já setores cíclicos, como agronegócio, têm sentido mais o aperto”, afirma.
Fundos listados crescem em liquidez e entregam retorno acima da meta
Os fundos listados da Sparta assumiram papel cada vez mais relevante dentro da gestora. Diferentemente dos fundos abertos, que têm como meta entregar indexador + 0,5% ao ano, os produtos negociados em bolsa buscam indexador + 2%.
Dessa forma, na prática, o desempenho recente superou com folga essa referência. “Juro11 e CDI11 vêm entregando indexador + 4% a 5% ao ano, bem acima da meta”, afirma Caio Palma.
A liquidez também reforça o destaque dessa frente. O CDI11 negocia entre R$ 4 milhões e R$ 5 milhões por dia, enquanto o Juro11 gira cerca de R$ 4 milhões diariamente. “São hoje alguns dos fundos mais líquidos da bolsa”, completa o gestor.