Mercado

St Marche negocia compra da Natural da Terra, segundo jornal 

Segundo o jornal, a Natural da Terra deve ser adquirida por cerca de R$ 700 milhões

Após a Americanas (AMER3) oficializar seu pedido de recuperação judicial, em janeiro deste ano,  a Hortifruti Natural da Terra entrou no foco das negociações de ativos a serem desinvestidos pela empresa varejista. 

Agora, quase onze meses depois, um dos ativos mais atrativos da Americanas parece estar próximo de encontrar um novo proprietário. Segundo o Valor Econômico, a rede de supermercados St. Marche está na fase de negociação para adquirir o hortifruti.

As conversas teriam iniciado, de forma formal, na semana passada. A Natural da Terra deve ser adquirida por cerca de R$ 700 milhões. Ainda segundo o jornal, o propósito por trás dessa negociação é aprimorar a operação da rede de supermercados, visto que o Natural da Terra detém 75 lojas, principalmente concentradas no Rio de Janeiro. Por sua vez, a St. Marche conta com 31 unidades localizadas na cidade de São Paulo.

A transação de compra e venda será conduzida por meio de uma UPI (Unidade Produtiva Isolada), uma vez que a Americanas ainda está em andamento com seu processo de recuperação judicial.

Em linhas gerais, essa forma de transação assegura que a parte que está adquirindo não será responsabilizada por eventuais obrigações legais ou pendências da varejista.

Americanas (AMER3) coloca Natural da Terra à venda

A Americanas (AMER3) comunicou ao mercado, em maio, o início do processo de Market Sounding para prospecção de interessados na aquisição da unidade de negócio do Hortifruti Natural da Terra (“HNT”), conforme previsto no Plano de Recuperação Judicial.

Parceiros

Com o intuito de alcançar interessados, a companhia contratou o Citigroup Global Markets Brasil, Corretora de Câmbio, Títulos e Valores Mobiliários S.A. como seu assessor financeiro para a condução do processo.

As Americanas comunicou também que vem sendo abordada de forma não solicitada por partes potencialmente interessadas nas operações da Ame e que, nesse momento, tomou a decisão de iniciar um processo de avaliação de alternativas estratégicas para o negócio, que pode envolver contatos preliminares com os potenciais interessados.

A empresa acrescentou que até o momento nenhuma decisão estratégica foi tomada sobre Ame, mas, caso venha a perseguir algum tipo de desinvestimento ou parceria, organizará também um processo de Market Sounding nos moldes do que vem fazendo sobre Grupo Uni.Co e HNT.

A venda do negócio estava prevista no plano de recuperação judicial da companhia apresentado em março. A varejista vive uma crise desde que revelou em janeiro um rombo contábil de cerca de R$ 20 bilhões de reais.

Além do Natural da Terra, a Americanas também está buscando interessados em comprar a participação da companhia no Grupo Uni.Co, dono das marcas Puket e Imaginarium, conforme anúncio feito na segunda-feira. O Citi também está assessorando a companhia nesta frente.

A Americanas ainda disse nesta quinta-feira que as operações da Ame, sua fintech, foram alvo de abordagens não solicitadas por potenciais interessados, e que decidiu iniciar um processo de avaliação de alternativas estratégicas para a unidade.