Meios de pagamento

Stone (STOC31) faz mudança contábil com efeito de 70 mi

Mudança envolve receita gerada por comissão na assinatura do contrato

Stone
Stone / Foto: Divulgação

A StoneCo (STOC31) anunciou ao mercado, nesta terça-feira (16), uma alteração em sua política contábil para o reconhecimento de receitas provenientes da venda de serviços a novos clientes.

No entanto, afirmou que essa decisão não resultará em mudanças nas previsões de resultados da empresa para o ano.

De acordo com a nova política, o reconhecimento dessa receita será postergado ao longo do período esperado em que o comerciante permanecerá cliente da empresa.

Segundo a alteração na política resultará em uma redução na receita de transações de aproximadamente R$ 60 milhões a R$ 70 milhões no primeiro trimestre e entre R$ 160 milhões e R$ 200 milhões ao longo de todo o ano de 2024.

Stone (STOC31): supera expectativas, mas saída de fundador preocupa

Os analistas avaliaram os resultados do quarto trimestre (4T23) da Stone (STOC31), anunciados na segunda-feira (18), como positivos e superiores às previsões. Além disso, estão otimistas em relação às perspectivas para o próximo ano.

Contudo, a decisão do cofundador e presidente do conselho de administração, André Street, de sair do conselho, está levantando questionamentos, conforme acrescentam.

De acordo com o Bank of America (BofA), a situação é descrita como “agridoce”. O lucro líquido ajustado, totalizando R$ 564 milhões, superou as expectativas da instituição em 12%.

Além disso, a previsão para o resultado anualizado foi revisada para R$ 2,3 bilhões, acima dos R$ 1,9 bilhão indicados no “guidance” da Stone. “O quarto trimestre refletiu ganho de participação de mercado, engajamento de produtos bancários e alavancagem operacional”, dizem os analistas.

No entanto, eles consideram as mudanças anunciadas no conselho como uma surpresa desfavorável.

“O momento de tais mudanças foi uma surpresa negativa e vem na sequência da recente venda de ações pela Berkshire”, afirmam. Street controla hoje 7% do total de ações e 37% dos direitos de voto.