O Stoxx 600, índice acionário de referência na Europa, fechou em seu maior nível em quase duas semanas nesta terça-feira (13), com as crescentes apostas de um corte na taxa de juros pelo Fed (Federal Reserve), Banco Central dos EUA, em setembro, compensando o impacto dos fracos balanços de empresas.
O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou com alta de 0,52%, a 501,66 pontos. Enquanto os setores de saúde e de serviços públicos foram os que mais ganharam, o de recursos básicos foi o mais combalido.
Em uma evidência contínua da moderação da inflação, dados mostraram que os preços ao produtor dos EUA avançaram menos do que o esperado em julho, mantendo o Fed no caminho certo para cortar os juros em setembro.
Os dados dos preços ao consumidor norte-americano e das vendas no varejo dos EUA, previstos para esta semana, também serão analisados em busca de pistas sobre a saúde da economia dos EUA, após temores de uma possível recessão terem sufocado os ativos de risco em todo o mundo no início do mês.
“A maioria das economias que pareciam invencíveis agora está desacelerando, o que inclui as maiores do mundo, ou seja, os EUA, a China e a zona do euro. Mas o risco de recessão ainda é baixo”, disse Alejandra Grindal, economista-chefe da Ned Davis Research, de acordo com informações do “InfoMoney”.
Temor de recessão nos EUA que impulsionou Stoxx 600 será nuvem passageira ou tempestade forte?
O mercado financeiro norte-americano, que costuma ser a base de segurança mundial, começou a semana de negociações expressando uma outra fase. As Bolsas dos EUA operam em queda firme pelo medo da recessão econômica no país. Especialistas divergem quanto à estimativa de duração dessa turbulência.
Uma combinação de fatores esperam a economia nos EUA, em frentes que vão além do controle interno, como os conflitos geopolíticos no sentido bélico. No entanto, por ser o mais visado do mundo, o mercado norte-americano também carrega mais especulações.
“Os EUA não cairão da noite para o dia. Mas existem forças em ação. Todo o resto, são as suposições que mexem com os mercados”, disse João Guilherme Caenazzo, sócio da Aware Investments.