Mercado norte-americano

Suzano (SUZB3) compra fábricas de papel cartão nos EUA por US$ 110 mi

Operação acontece um mês após a empresa anunciar a aquisição de 15% da fabricante austríaca de celulose solúvel e tecidos Lenzing

Suzano
Foto: Divulgação

A Suzano (SUZB3) adquiriu duas fábricas de papel cartão revestido e não revestido da Pactiv Evergreen, nos EUA, por US$ 110 milhões. A operação acontece um mês após a empresa anunciar a aquisição de 15% da fabricante austríaca de celulose solúvel e tecidos Lenzing.

A transação vai ser paga à vista e não afeta a alavancagem da companhia, que chegou ao seu pico em 3,5 vezes no primeiro trimestre deste ano.

As fábricas estão nos estados de Arkansas e Carolina do Norte e têm capacidade total integrada de aproximadamente 420.000 toneladas métricas por ano de papel cartão, especialmente usados para embalagens de líquidos, como caixas de suco e leite.

A negociação também inclui um contrato de serviços de transição, no qual a Pactiv prestará serviços para a Suzano nas fábricas e outro contrato de fornecimento de longo prazo, no qual a Suzano passará a fornecer para a Pactiv os produtos atualmente produzidos em Pine Bluff e consumidos pela americana, que passará a ser um cliente relevante deste novo ativo da brasileira.

“A operação está alinhada à avenida estratégica de longo prazo da Suzano de “avançar nos elos da cadeia, sempre com vantagem competitiva”, proporcionando à companhia a entrada no mercado norte-americano de papelcartão com competitividade e escalabilidade”, disse a Suzano (SUZB3) em comunicado.

“A companhia visa aportar seu conhecimento e experiência operacional no negócio de papel cartão, buscando ampliar a competitividade estrutural e rentabilidade dos ativos adquiridos”, completou.

Suzano (SUZB3) desiste da International Paper

Suzano (SUZB3) declarou que desistiu de tentar comprar a International Paper — uma oferta que o mercado observou como agressiva e que derrubou o valor de mercado da companhia dos Feffer.

“Entramos com um preço que sabíamos ser o preço máximo, e se passasse disso, iríamos desistir”, disse um membro da alta administração da Suzano (SUZB3), de acordo com informações do “Brazil Journal”.

“A gente só faz amistoso. Só faríamos no amor, não entraríamos de forma hostil. Não é o estilo da Suzano”, declarou a fonte.

No início de maio, começaram a circular notícias de que a Suzano havia realizado uma abordagem à International Paper, oferecendo US$ 15 bilhões pela líder na fabricação de papel no mundo.

A empresa surpreendeu o mercado pela agressividade da oferta, que era quase o mesmo valor de mercado da Suzano.

Desde o anúncio, com pouca ou nenhuma visibilidade sobre a operação, o mercado estrangulou as ações da empresa sob receios de que a Suzano pagasse caro pelo ativo. A ação registrou quedas, indo de R$ 60 para R$ 46,60, antes de se recuperar e ser cotada em torno de R$ 50.

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