Mudanças

Suzano (SUZB3): ex-presidente da Rumo (RAIL3) assume presidência

Executivo sucede Walter Schalka, que esteve no comando da Suzano por 11 anos e passa a compor o conselho de administração da produtora de celulose e papel

Suzano
Suzano / Divulgação

Beto Abreu, ex-presidente da Rumo (RAIL3), assumiu nesta segunda-feira (1º) a liderança da Suzano (SUZB3).

Abreu chega com a responsabilidade de avançar no plano estratégico da empresa, que está finalizando a construção do Projeto Cerrado, incluindo a maior linha de produção de celulose do mundo em Ribas do Rio Pardo (MS).

O executivo substitui Walter Schalka na função, conforme anunciado no início de abril. Schalka, que liderou a Suzano por 11 anos, agora faz parte do conselho de administração da empresa de celulose e papel, além de participar de diversos comitês.

Com uma trajetória profissional de mais de três décadas em empresas como Rumo, Shell e Raízen (RAIZ4), Beto Abreu traz consigo “ampla experiência na condução de transações de fusão e aquisição” e “é reconhecido por sua capacidade de conciliar resultados a práticas de gestão focadas nas pessoas e no fortalecimento de parcerias”, conforme comunicado da Suzano.

“Reafirmo o nosso compromisso de atuar como agente transformador, liderando a expansão em novos mercados para a biomassa e consolidando nossa posição como referência em soluções sustentáveis. Continuaremos a inovar e fortalecer nossas parcerias estratégicas para construir um futuro melhor e mais sustentável para a sociedade”, diz o novo presidente, em nota.

Beto Abreu, graduado em Engenharia de Produção pela PUC-Rio e com MBA em Administração pela Fundação Dom Cabral, completou programas executivos no IMD Business School e na Wharton School, Universidade da Pensilvânia.

Aos 53 anos, é casado e pai de três filhos.

“Sua experiência e visão estratégica serão fundamentais para a condução da companhia em uma jornada que resultará em contribuições sociais, ambientais e econômicas ainda mais positivas”, diz Schalka, na nota.

Suzano (SUZB4) pode manter rating se comprar IP, avalia S&P Global

Mesmo com o aumento da dívida em mais de US$ 15 bilhões, com o objetivo de adquirir a International Paper, a Suzano (SUZB4) pode conseguir manter seu grau de investimento, de acordo com a S&P Global Rating.

A Suzano segue negociando com bancos para financiar uma potencial oferta pela rival, que é considerada a gigante norte-americana do setor de celulose. A empresa brasileira conseguiu a classificação de grau de investimento em 2018. 

Contudo, alguns investidores se preocupam com a possibilidade do acordo rebaixar o rating da companhia. 

“A aquisição, que é apenas uma possibilidade no momento, não levaria diretamente ao rebaixamento”, disse Fabiana Gobbi, analista da S&P à “Bloomberg”.

Após a transação, a combinação entre a Suzano e IP criaria uma nova companhia com dívida líquida com valor equivalente a 5 vezes seu Ebtida – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização. 

Segundo a analista da S&P Global, esse resultado está acima do múltiplo habitual de 3,5 para empresas que tem classificação BBB-, como a Suzano, somente um grau superior ao grau especulativo.