As ações da Suzano (SUZB3) foram rebaixadas pelo J.P. Morgan, indo de “overweight” (exposição acima da média do mercado) para “neutro”. A casa ainda rebaixou o preço-alvo de R$ 70 para R$ 56. O banco se juntou a outras casas de análise que aumentaram a sua cautela com papel e celulose e, consequentemente, com as ações do setor.
Em relatório a clientes, os analistas do J.P. Morgan destacaram ser difícil estar otimista com as ações do segmento quando o preço das commodities caem. Dessa forma, o banco espera que o ímpeto dos lucros deva se deteriorar com as preocupações com uma demanda lenta do consumidor na China.
Assim, o banco optou por reduzir sua previsão de preços para celulose branqueada de fibra curta (BHK) da China em 2023 de US$ 750 a tonelada (t) para US$ 695/t.
O banco destaca ter rebaixado a Suzano por conta da expectativa de normalização dos preços da celulose e, consequentemente, com a piora de seus números.
Nesta quinta-feira (26), os papéis da Suzano recuaram 2,93%, cotados a R$ 45,40.
Suzano (SUZB3) eleva investimento em 2023 para R$ 18,5 bi
Maior fabricante de celulose de eucalipto do mundo, a Suzano (SUZB3) anunciou, no início de dezembro de 2022, uma estimativa de investimento de R$ 18,5 bilhões para 2023, acima dos R$ 16,1 bilhões previstos para 2022.
“A elevação em relação a 2022 decorre, em grande parte, do maior investimento no Projeto Cerrado, considerando investimentos industriais, florestais, infraestrutura e logística”, afirmou a Suzano em fato relevante.
Do total a ser investido pela empresa, R$ 8,9 bilhões serão voltados ao Projeto Cerrado, a nova fábrica de celulose que a empresa está construindo no Mato Grosso do Sul e que terá capacidade para 2,55 milhões de toneladas por ano, um incremento de 20% na produção da empresa.
Outros R$ 2,4 bilhões serão usados em terras e florestas, cifra que inclui a segunda parcela da compra da Parkia, concluída em junho. A Suzano afirmou que esse total também “contempla investimentos que visam maior competitividade e/ou opcionalidade de crescimento da companhia no longo prazo”.
A companhia também orçou R$ 6,4 bilhões para manutenção em 2023, um incremento ante os R$ 5,5 bilhões previstos para este ano.
“O maior dispêndio em relação ao ano anterior refere-se principalmente ao efeito da inflação, principalmente sobre investimentos florestais, e maior intensidade de projetos e serviços nas plantas industriais, em função da maior quantidade de paradas gerais programadas para manutenção”, afirmou a Suzano.