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Suzano (SUZB3) lucra R$ 4,52 bi no 4T23, baixa anual de 39%

Resultado foi impactado negativamente pela queda da receita no período

No quarto trimestre de 2023 (4T23), a Suzano (SUZB3) reportou uma queda de 39% no lucro líquido em comparação com o mesmo período de 2022, passando de R$ 7,459 bilhões para R$ 4,52 bilhões. Apesar disso, o resultado superou as expectativas do consenso LSEG, que projetava um lucro de R$ 2,85 bilhões. Além disso, a empresa reverteu o prejuízo de R$ 729 milhões registrado no trimestre anterior (3T23).

A empresa atribuiu o desempenho principalmente à redução no resultado operacional, refletindo uma queda na receita líquida. No entanto, essa queda foi parcialmente compensada pela redução nas despesas com imposto de renda e contribuição social sobre o lucro líquido (IR/CSLL), além de uma maior receita financeira.

O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (conhecido como Ebitda em inglês) ajustado totalizou R$ 4,51 bilhões, refletindo uma redução de 45% em relação ao ano anterior. Esse declínio resultou em uma diminuição de 13 pontos percentuais na margem EBITDA ajustada, que agora está em 43%.

Já a receita líquida somou R$ 10,372 bilhões no quarto trimestre do ano passado, uma retração de 28% na comparação com igual etapa de 2022.

Segundo a Suzano, a queda é explicada principalmente pelo menor preço médio líquido da celulose em dólar (-31%), pelo menor preço médio líquido de papel em dólar no mercado externo (-35%) e pela desvalorização do dólar médio frente ao real médio (-6%).

Outros dados de Suzano

As despesas gerais e administrativas somaram R$ 615 milhões no 4T23, mantendo-se praticamente estável em relação ao mesmo período de 2022.

O resultado financeiro líquido foi positivo em R$ 2,269 bilhões no quarto trimestre de 2023, uma elevação de 13% sobre os ganhos financeiros da mesma etapa de 2022. 

Em 31 de dezembro de 2023, a dívida líquida da companhia era de R$ 55,560 bilhões, um recuo de 3% na comparação com a mesma etapa de 2022.

O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em 3,0 vezes em dezembro/23, alta de 1,0 p.p. em relação ao mesmo período de 2022.