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Suzano (SUZB3): Morgan Stanley corta recomendação de compra

O Morgan Stanley vê um “perfil de risco-retorno menos atrativo” para a Suzano

As ações da Suzano (SUZB3) tiveram sua recomendação de compra rebaixada para neutra pelo Morgan Stanley. Em relatório, os analistas do banco destacaram que veem um “perfil de risco-retorno menos atrativo” para a maior produtora de celulose do mundo.

Na visão do Morgan Stanley, o perfil de risco-recompensa da Suzano se tornou mais equilibrado após o sólido desempenho das ações.

“No entanto, as ações subiram 20% nos últimos 4 meses, superando em média seus pares na América Latina em 14 pontos percentuais e os mercados de ações da América Latina e do Brasil em 16 e 11 pontos percentuais, respectivamente”, escreveu.

Com a elevação dos papéis, ainda que a empresa de celulose seja considerada bem administrada, o banco norte-americano entende que há “potencial limitado de valorização devido à iminente oferta”.

Apesar de cortar a recomendação de compra, o Morgan Stanley manteve o preço-alvo de R$ 53,00 para os papéis da Suzano.

Suzano (SUZB3) emitirá R$ 2 bilhões em debêntures

A Suzano (SUZB3) protocolou na CVM (Comissão de Valores Mobiliários), na quarta-feira (6), um pedido para realizar uma oferta de debêntures de R$ 2 bilhões. Será a décima emissão do tipo realizada pela companhia.

A oferta de debêntures da Suzano é composta por 2 milhões de papéis simples, não conversíveis em ações, com valor unitário de R$ 1 mil.

Segundo a empresa de papel e celulose, o montante levantado na operação bancará as instalações necessárias para a geração de energia limpa, dentro do Projeto Cerrado, em implantação na cidade de Ribas do Rio Pardo (MS).

O projeto está previsto para entrar em operação até junho de 2024 e envolve a construção de uma fábrica com capacidade instalada de 2,55 milhões de toneladas de celulose por ano.

Com investimento total de R$ 22,2 bilhões, o Projeto Cerrado elevará a produção anual total da Suzano em 20%. Baseado em biomassa, o sistema irá permitir a produção de um excedente de 180 megawatts (MW), suficiente para abastecer uma cidade de 2,3 milhões de pessoas.

O Banco Itaú (ITUB4) será o coordenador da oferta da Suzano, que contará também com o Santander (SANB11), BTG Pactual (BPAC11), Banco Safra e UBS Brasil Corretora.