A Suzano (SUZB3) informou nesta quinta-feira (01) que irá paralisar por 45 dias a linha de produção A, em Aracruz, para “intervenções na caldeira de recuperação”. A medida faz parte de um plano divulgado pela companhia em 2019, que prevê a instalação de sistema de cristalização e ajustes na fábrica para substituir partes da caldeira de recuperação.
De acordo com a Suzano, a parada não afetará o atendimento aos clientes e nem sua estratégia comercial. Nesta quinta-feira, os papéis SUZB3 caíram 0,59%, cotados a R$ 44.
Bradesco BBI rebaixou Suzano (SUZB3)
O Bradesco BBI rebaixou a recomendação para as ações de compra direto para venda da empresa de papel e celulose Suzano (SUZB3) e estabeleceu um preço-alvo de R$ 56 ao final de 2023. Ainda assim, o banco prevê um desempenho fraco para os papéis nos próximos 6 a 12 meses.
Com a nova estimativa, o valor ainda representa um potencial de alta de cerca de 16% em momento em que os papéis da Suzano acumulam queda de quase 20% no ano.
Nesse sentido, o banco espera por baixa no preço da celulose em meio a fundamentos de oferta e demanda mais fracos. Com isso, os analistas do BBI projetam um excesso de oferta de 1,1 milhão de toneladas em 2022 e de 2,1 milhões de toneladas em 2023.
“Estávamos menos preocupados com a dinâmica do mercado de celulose para 2023, mesmo em um ambiente de oferta em alta, pois estávamos mais construtivos sobre a demanda europeia e chinesa. No entanto, agora incorporamos um ambiente macro mais desafiador na Europa, enquanto a demanda chinesa continua nebulosa e pode ser suportada apenas por algum reabastecimento”, avaliam Thiago Lofiego e Renato Chanes, que assinam o relatório do Bradesco BBI.
Segundo o relatório do banco, as ações da Suzano são negociadas a 5,2 x o múltiplo EV/Ebitda para 2023. Esse valor, para o Bradesco, é um desvio padrão abaixo de seu múltiplo médio histórico, de cerca de 7x.