SVB: controladora fica impedida de acessar US$ 2 bilhões em recurso

Segundo advogados da empresa controladora, os recursos foram bloqueados durante audiência de falência

A SVB Financial Group, controladora do SVB (Silicon Valley Bank), anunciou na terça-feira (21) que depois que a FDIC (Federal Deposit Insurance Corporation) tomaram controle das operações, não consegue acessar cerca de US$ 2 bilhões em recursos depositados no banco. 

Os novos operadores teriam congelado o acesso para analisar se devem arcar com os custos associados à falência do SVB, que foram bloqueados durante a audiência, ocorrida na terça. 

De acordo com os advogados da SVB Financial, o FDIC cortou as comunicações com a controladora e instruiu o sucessor do Silicon Valley Bank a recuperar as transferências que o grupo havia feito para outras contas bancárias. 

No dia 10 de março, quando a FDIC assumiu as operações, ficou determinado que todos os depósitos e ativos do banco falido fossem transferidos para uma nova entidade corporativa chamada Silicon Valley Bridge Bank NA.

SVB: ao menos 186 bancos podem ter exposição a riscos semelhantes

Pelo menos 186 bancos podem estar expostos à riscos similares aos sofridos pelo Silicon Valley Bank (SVB), que quebrou após a redução do valor de seus ativos, frente ao aperto monetário, e saques depósitos não segurados. Com informações do Infomoney.

A estimativa é de um estudo divulgado nesta semana na Social Science Research Network, no qual economistas estimaram quanto valor de mercado os balanços de ativos dos bancos norte-americanos individuais perderam durante a rápida campanha de aumento de juros do Federal Reserve (Fed). O valor desses ativos, que geralmente incluem notas do Tesouro e empréstimos hipotecários, pode cair quando novos títulos têm taxas mais altas.

A pesquisa traz uma importante ressalva: ela não leva em consideração o hedge, o que pode ajudar a proteger muitos bancos contra o aumento das taxas de juros. “Nossos cálculos sugerem que esses bancos certamente correm um risco potencial de quebrar, na ausência de outra intervenção governamental ou recapitalização”, escreveram os economistas.