Taxa de LCI e LCA chega até 102% do CDI

Com alta da Selic, papéis atrelados à inflação pagam 5% ao ano

Com a elevação da Selic para 11,75% ao ano na semana passada, e indicações do Comitê de Política Monetária (Copom) de que o Banco Central deve promover uma nova alta, houveram mudanças nos retornos oferecidos pelos investimentos de renda fixa, como as Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) E Letras de Crédito Imobiliário (LCI), nesta segunda-feira (21). Os dados são de um levantamento feito pelo InfoMoney.

Antes da decisão, na última quarta, as maiores taxas oferecidas por LCAs prefixadas com vencimento em 12 meses chegavam a 12,86% ao ano. Nesta segunda, os juros entregues pelo mesmo papel – emitido pelo Banco ABC Brasil – tinham caído para cerca de 12,60% anuais.

O movimento veio seguindo as reações vista no Tesouro Direto. Lá, os títulos públicos também apresentaram uma queda nos juros nos últimos dias, ante uma semana antes. Porém, a queda vai na contramão do que espera o mercado financeiro, que agora prevê que a Selic chegue a 13% neste ano, de acordo com o último Relatório Focus.

É observado um resultado semelhante nas letras com remuneração atrelada à inflação, que oferecem juros prefixados mais a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Na terça passada, a taxa real máxima oferecida por uma LCA com vencimento em 12 meses era de 5,31% ao ano. Na manhã de hoje, o maior juro real para o mesmo prazo era de 4,97%.

Em contrapartida, as LCAs com remuneração atrelada à taxa do CDI (Certificado de Depósito Interbancário), não tiveram mudanças. O mesmo aconteceu com as LCIs, que mantiveram, as mesmas taxas oferecidas antes da reunião do Copom.

Já no caso das LCIs atreladas à inflação, com vencimento em 36 meses, o retorno real máximo encontrado tanto antes da reunião do Copom quanto nesta segunda era de 4,9% ao ano, segundo dados da Yubb.