Tebet diz que queda da taxa Selic pode começar no início de maio

"Se for um bom arcabouço, vai permitir que, na próxima reunião do Copom, daqui a 45 dias, os juros possam começar a cair", avalia Tebet

 

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse nesta quarta-feira (22) que, se o novo arcabouço fiscal for “bom”, o movimento de queda da taxa básica de juros (Selic) pode começar na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) marcada para o início de maio.

“As taxas de juros precisam cair no Brasil, mas o Brasil também precisa fazer o seu dever de casa. Não podemos gastar mais do que arrecadamos” disse a ministra, em entrevista à Rádio Capital, do Mato Grosso do Sul.

“Se for um bom arcabouço, vai permitir que, na próxima reunião do Copom, daqui a 45 dias, os juros possam começar a cair. Significa que tudo vai ficar mais barato na vida das pessoas […] e aqueles que precisam de empréstimo, agronegócio, comércio, vão pegar a juros mais baratos, investir mais, a economia vai crescer, gerar mais empregos”, acrescentou.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) adiou para abril a divulgação da nova regra fiscal. A justificativa oficial para o adiamento é de que não faria sentido apresentar o arcabouço e, na sequência, os membros do governo viajarem à China e não estarem disponíveis para prestar esclarecimentos. Nos bastidores, porém, a informação é que a agenda política e a econômica não estão se encontrando.

Tebet afirmou também que um dos objetivos do novo arcabouço fiscal é zerar o déficit federal de mais de R$ 200 bilhões.

 

Lula apresentará arcabouço fiscal depois de viagem à China

Lula revelou na terça-feira (21) que o novo arcabouço fiscal será divulgado apenas após a viagem dele à China, que começará neste fim de semana. De acordo com o petista, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fará parte da comitiva.

“Por que não pode ser antes? Nós embarcamos sábado, Haddad não pode comunicar isso aí. Seria estranho, eu anuncio e vou embora. Haddad tem que anunciar e ficar aqui para responder, debater, dar entrevista, falar com sistema financeiro, com a Câmara dos Deputados, Senado, outros ministros”, afirmou Lula, durante entrevista à “TV 247”.

O petista ainda disse que o projeto fiscal já está maduro, mas é preciso cuidado para não faltar recursos para investimentos, saúde e educação.

“Não temos que indicar nosso modelo de marco fiscal agora. Vamos viajar para a China e, quando a gente voltar, a gente apresenta”, relatou o presidente.

“É preciso discutir um pouco mais. A gente não tem que ter a pressa que algumas pessoas do setor financeiro querem”, acrescentou Lula.

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